Deflagrada no dia 8 deste mês, a greve dos professores da rede estadual de ensino continua em todo o estado. A decisão foi tomada em assembleia estadual, promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) na quinta-feira (15).
Na tarde de sexta-feira (16) foi realizada em Coronel Fabriciano a assembleia regional para discutir as decisões tomadas na capital mineira, Belo Horizonte, e que repercute em todo o estado. Segundo o coordenador do Sind-UTE subsede de Ipatinga, Jodson Sander, a mobilização no Vale do Aço deve se intensificar nos próximos dias.
No início da greve, 40% das 55 escolas estaduais de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, foram atingidas de alguma forma pelo movimento grevista, com a paralisação completa ou parcial. O o quadro de adesão está crescendo e 50% das unidades destas quatro cidades já são afetadas, a tendência é aumentar ainda mais, informa Jodson.
Um dos motivos que levou os profissionais da educação a entrarem em greve é o não pagamento do piso salarial pelo Governo de Minas. Mas a categoria também reivindica outros direitos que são negligenciados pelo Estado como o pagamento do 13º salário, fim do parcelamento dos proventos e melhoria no atendimento Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg).
Anteriormente, a Secretaria de Estado de Educação respondeu, em nota ao Diário do Aço, que o Governo de Minas Gerais reiterou o seu compromisso em valorizar os trabalhadores da Educação e cumprir o acordo assinado em 2015 em sua totalidade, mas deixou clara a dificuldade em atender parte das reivindicações em virtude da precária situação financeira do Estado e das restrições legais.
O coordenador do Sind-UTE de Ipatinga indicou que, até o momento, não foi apresentada nenhuma proposta e que a perspectiva é de continuidade da greve. Nova assembleia estadual foi aprovada para o próximo dia 22 (quinta-feira) quando a categoria decidirá os rumos da greve.
