Carreata pela reabertura das escolas e volta das aulas presenciais para este sábado é divulgada em redes sociais e aplicativos de internet. O movimento, organizado pela Associação de Pais em Ação, está previsto para concentração e saída da praça da Mogiana, às 14 horas. Segundo a presidente da entidade, Adriana Arruda, trata-se de organização apartidária, criada em outubro do ano passado.
Ela diz que a associação conta com 110 pais de alunos de escolas particulares, que alegam que nunca foram consultados pelas escolas sobre o retorno das aulas presenciais ou não. O movimento pede o retorno das atividades presenciais, sob o argumento de que o isolamento tem causado danos ao ensino e ao emocional das crianças. Adriana cita o exemplo do filho de um dos membros da associação que passou a se automutilar desde o início do isolamento. Quanto à queda no aprendizado, Adriana cita o próprio exemplo. “A minha filha não se adaptou, ela simplesmente tem pânico de ficar ali em frente da tela (…) Aula online gera menos atenção do aluno, eles simplesmente ficam sem motivação, e o que estão fazendo com as crianças é totalmente errado”, sentencia.
A presidente da associação diz que já tentou contato com vereadores da cidade, porém não obteve sucesso. “Um processo judicial foi aberto pela associação contra o município e o pedido de retorno às aulas presenciais já foi negado pelo Ministério Público; parecer final do juiz deve sair na semana que vem”, informou Adriana. “A gente quer o direito, garantido pela Constituição, de ter pelo menos as escolas privadas abertas”, completou Adriana.
Ela diz que o valor investido na educação dos filhos é muito alto e que as escolas não reduziram o valor das mensalidades após a mudança de aulas presenciais para a modalidade online. Dentro da modalidade online, Adriana não enxerga motivos para continuar investindo na educação da filha. “Hoje tanto faz estar na escola pública ou privada, o ensino é o mesmo”, reclamou.
Quanto à questão da crise sanitária atual, causada pela segunda onda da Covid-19, a associação se baseia em estudos científicos divulgados pelo pediatra Paulo Telles em suas redes sociais. De acordo com o pediatra, o coronavírus afeta muito pouco as crianças. “Hoje já sabemos que as crianças transmitem menos e têm pouquíssimas complicações”, publicou o pediatra, no dia 3. A presidente da associação disse que “nós não temos medo porque estamos embasados em estudos científicos, inclusive sobre as novas cepas”, finalizou.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba