Assembleia Legislativa de Minas Gerais apresenta debate sobre o tema “Vacinação e Prevenção do câncer”

Nesta quinta-feira (19), o presidente da Comissão de Combate ao Câncer, Elismar Prado (PROS), apresentou proposições com a finalidade de aumentar o número de pessoas vacinadas para a prevenção do câncer.

Foto: Pamela Dias

A vacinação e a prevenção do câncer estão diretamente relacionadas. Em particular, a vacinação contra o HPV (papiloma vírus humano) tem sua eficácia cientificamente comprovada na prevenção do câncer do colo do útero. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima um alarmante número de 17.010 novos casos desse tipo de câncer para o ano de 2023. Apesar da possibilidade de prevenção, o câncer do colo do útero é a terceira doença mais comum entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e do colo retal, de acordo com dados oficiais. Além disso, a vacinação contra o HPV também oferece proteção contra outros tipos de câncer, como o anal, de vulva, de vagina, de pênis e de orofaringe, conforme destacado pelo Instituto Butantan. Portanto, é importante não apenas discutir a importância da vacinação, que já é bem evidenciada pela ciência, mas também abordar estratégias para expandir sua abrangência e enfrentar as dificuldades na sua execução.

O papilomavírus humano (HPV) é responsável por causar seis tipos de câncer. Cerca de 20% dos cânceres humanos são causados por vírus, e metade deles é atribuída ao HPV. Esse vírus está diretamente relacionado a quase 100% dos casos de câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, mas também pode levar ao desenvolvimento de outros tipos de câncer, como anal, de vulva, de vagina, de pênis e de orofaringe.

A vacina contra o HPV é a única forma de prevenir essas doenças e tem sido comprovadamente segura e eficaz nos últimos 16 anos. O câncer de colo do útero causa a morte de mais de 300 mil mulheres anualmente em todo o mundo, sendo 80% desses óbitos registrados em países de baixa e média renda. Esses números são alarmantes, especialmente considerando que existe uma forma eficaz de prevenção disponível. Um dos estigmas associados ao HPV é a sua associação com a atividade sexual. Embora a via sexual seja a principal forma de transmissão do vírus, é importante ressaltar que ele pode ser transmitido por meio do contato direto com qualquer área da pele ou mucosa infectada.

Além disso, a transmissão não se restringe à penetração sexual, ocorrendo também por meio do contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital. O câncer causado pelo HPV tem uma característica peculiar, pois leva muitos anos para se desenvolver e depende de uma infecção viral persistente. Estima-se que mais de 600 milhões de pessoas em todo o mundo estejam infectadas pelo vírus, mas apenas uma pequena porcentagem delas desenvolve câncer. Isso ocorre porque existem mais de 150 tipos de HPV, sendo a maioria deles inofensiva, enquanto 13 são considerados de alto risco.

O Deputado Elismar Prado (PROS), recebeu para a audiência pública representantes e entidades importantes que compuseram a mesa para debater o tema. Confira abaixo os áudios e os vídeos dos convidados da Comissão de Combate ao Câncer:

Marcela Lencine Ferraz – Referência Técnica da SUBVS – Secretaria de Estado de Saúde
Maria Inês de Miranda Lima – Chefe da Clínica Ginecológica da Santa Casa de Belo Horizonte
Gabriel de Almeida Silva Júnior- Vice-Presidente – Associação Médica de Minas Gerais

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