Após barrar leilão, Prefeitura revoga utilidade pública do Hospital São José

Foto/Jairo Chagas


Procurador-geral do município, Paulo Salge, diz que vários fatores pesaram na decisão de recuar

A menos duas semanas para o fim da atual administração, governo municipal revoga decreto de utilidade pública do prédio do Hospital São José. A decisão acontece após a Prefeitura ter barrado o leilão do imóvel que seria realizado em novembro. A medida foi justificada pela mudança no comando do Executivo a partir de janeiro de 2021 e o custo de R$7 milhões para a eventual desapropriação do imóvel, que acabaria sendo deixado para a próxima gestão.

Em entrevista à Rádio JM ontem, o procurador-geral do Município, Paulo Salge, disse que vários fatores pesaram na decisão de recuar com a desapropriação. Inicialmente, ele lembra que a Secretaria de Saúde projetava a instalação de um centro especializado para realização de exames no local, mas a proposta foi reanalisada. “Com passar do tempo redimensionou e redirecionou esse projeto, em face de adequações e otimizações internas”, pondera.

Além disso, Salge afirma que o fim do atual governo também foi considerado para a revogação do decreto de utilidade pública do prédio do Hospital São José. “Não avançou na época e o Município não tem poder pleno de deixar para a próxima prefeita uma situação dessa magnitude. Isso porque envolve custos de aproximadamente R$7 milhões, numa situação do ano que vem de muita retração financeira e econômica. Então, optamos por revogar e deixar a situação livre”, salienta.

O procurador ainda acrescenta que a situação do Hospital São José chegou a ser abordada em reunião com a equipe de transição da prefeita eleita e não houve sinalização de interesse no imóvel. “Expus a questão e pressenti que não era interesse dar continuidade. Notei que fizeram abordagem que não seria ideal porque o prédio seria muito antigo e a questão de valor. A partir daquele momento e com outros elementos agregados, agimos para dar liberdade à próxima prefeita”, manifesta.

De acordo com Salge, a revogação do decreto de utilidade pública não significa que a Prefeitura desistirá em definitivo da desapropriação do imóvel, pois a deliberação caberá à próxima gestão. “Isso não quer dizer que o Município não vai mais avançar neste caso. A prefeita eleita, se entender por bem, pode também reativar o ato e manter a desapropriação”, encerra. 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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