A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT), em nome das mais de 400 emissoras filiadas em todo o Estado de Minas Gerais, repudia o ato de violência cometido contra o cinegrafista da TV Alterosa Reginaldo Dias. A ocorrência foi registrada durante reportagem em Itaúna, no Centro-Oeste de Minas, nesta semana.
Na ocasião, o cinegrafista cobria uma matéria sobre um homem que foi encontrado morto em uma mata. Em um vídeo divulgado pela emissora é possível ver um parente da vítima empurrando o cinegrafista, que cai no chão e depois recebe vários chutes. Além disso, outras pessoas se aproximam e tentam impedir que o profissional continue seu trabalho. As imagens também foram registradas pela TV Cidade.
Por segurança, o cinegrafista teve que receber escolta policial para evitar que novos atos de violência aconteçam.
Deixamos aqui um questionamento para reflexão: O QUE SERIA DA SOCIEDADE SEM A IMPRENSA?
A AMIRT acredita que nenhuma ação violenta é passível de justificativa e exige respeito com os profissionais da imprensa, visto que os veículos de comunicação exercem função social, esclarecem dúvidas da população, auxiliam quanto aos direitos e deveres, ajudam a realizar e a elucidar denúncias, abordam temas de interesse público, entre outros papeis de grande relevância para qualquer comunidade, independente da classe econômica.
A entidade espera que as autoridades responsáveis tomem todas as medidas cabíveis para que atos deste tipo não voltem a se permitir.
Reitero com a declaração de Chapultepec -1994:
IV – O assassinato, o terrorismo, o sequestro, as pressões, a intimidação, a prisão injusta dos jornalistas, a destruição material dos meios de comunicação, qualquer tipo de violência e impunidade dos agressores, afetam seriamente a liberdade de expressão e de imprensa. Esses atos devem ser investigados com presteza e punidos severamente.
Luciano Pimenta. C. Peres
Presidente da AMIRT.
Belo Horizonte, 24 de julho de 2019.
Confira a reportagem: