Abertura de bares e restaurantes é possível, diz sindicato do setor

Foto/Jairo Chagas

Fred Masson, presidente do Sindicato dos Bares, Restaurantes, Hotéis e Similares de Uberaba, espera que no início de maio seja possível abertura maior

Novo decreto que estabelece regras de enfrentamento ao coronavírus não atende a todos os pedidos do setor de bares, restaurantes e de eventos, para o retorno seguro das atividades. Opinião é do presidente do sindicato do segmento, Fred Masson, ao admitir que a medida é a possível para o momento da pandemia na cidade.

“Se eu te falar que esse decreto atende o setor plenamente, estaria mentindo, mas é o que é possível no momento. Nós compreendemos isso. Na nossa conversa com a prefeita Elisa, dissemos que aceitaríamos essa abertura gradual, para as pessoas se acostumarem com as mudanças. Acreditamos que no início de maio possa haver flexibilização maior para que possamos caminhar”, declara Fred.

Para ele, as empresas que funcionam no período noturno e os gestores de eventos continuam prejudicados pela norma de fechamento às 20 horas. Os empresários do setor de festas e reuniões, inclusive, estariam “estrangulados” desde o início da pandemia, sem qualquer perspectiva de priorização.

A diminuição das atividades de bares e restaurantes reflete, principalmente, no quadro de funcionários dos estabelecimentos. Questionado sobre as demissões, Fred Masson expõe o panorama nacional crítico e afirma que muitos empresários estão receosos sobre as contratações, por causa da insegurança do momento.

“A situação no setor foi de muita demissão. Temos, em Uberaba, uma estimativa de cerca de mil demissões. Em Minas, cerca de 250 mil. Isto levando em conta apenas dados de bares e restaurantes. O que nós colocamos para a Elisa é que precisamos dessas programações e evitar esse ‘abre e fecha’. Por isso, concordamos com a abertura gradual, para ser feita de forma consistente e para que possamos contratar sem medo de termos que dispensar funcionários mais à frente. Muita gente, principalmente do período noturno, não vai abrir, porque vai contratar um funcionário com horário muito reduzido e depois terá a possibilidade de demitir o trabalhador”, finaliza o presidente do Sinhores.

Como possível solução, Fred Masson exige que os governos estadual e municipal forneçam mais facilidades para os empresários. Além disso, segundo ele, linhas de crédito extensas são necessárias para que os donos de estabelecimentos possam quitar suas dívidas e começar a pensar em recomeço.

“Entendemos que nosso setor vai ser muito importante para a retomada da economia. Mas isso só será possível se tivermos condições para a retomada de forma concreta, com dinheiro em caixa. A maioria dos empresários está totalmente endividada. Nós batemos na necessidade de linhas de crédito e de acesso a esse crédito, inclusive, para os negativados. Afinal, as empresas querem pagar as dívidas. A gente acha que o Poder Público tem que entrar para garantir esse crédito, que é fundamental para a retomada”, finaliza Fred.  

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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