O contrato havia sido firmado no último dia 5 com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig)
O presidente da Federação das Industrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, esteve ontem (16) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a convite de Comissão de Cultura. Na ocasião, ele esclareceu sobre o acordo de cooperação técnica da Sala Minas Gerais – casa da Orquestra Filarmônica em Belo Horizonte. O contrato havia sido firmado no último dia 5 com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).
O acordo foi rescindido nesta semana após uma série de ataques à entidade. Segundo Roscoe, o acordo beneficiaria a cultura mineira, a população e, também, a orquestra Filarmônica. Além disso, ele disse que a alta diretoria da Filarmônica sabia que o objetivo da FIEMG, por meio do Sesi, era viabilizar o projeto.
“Falei com o Presidente do Conselho da Filarmônica, disse que não poderia falar de detalhes do nosso contrato, porque tinha um termo de sigilo, mas expliquei pra ele todo o escopo do que a gente poderia fazer em conjunto e do que eu imaginava. Falei como a Filarmônica estava incluída nesse processo a todo tempo e que era para ajudar a Filarmônica. Ele entendeu nosso propósito e respondeu no dia seguinte com “muito obrigado”, dizendo que iríamos trabalhar em conjunto e que o Diomar (Diretor-presidente da Filarmônica) estava ciente. Isso é um documento, eu tenho ele comigo”, declarou Flávio Roscoe.
No dia 8 de abril, a orquestra publicou uma nota informando que “não participou de qualquer fase das negociações e que só tomou conhecimento pela imprensa do Acordo de Cooperação Técnica para Gestão Compartilhada da Sala Minas Gerais e Mineiraria entre a Codemig e a Fiemg/Sesi Minas, tendo tido acesso ao documento somente após a sua assinatura em evento promovido pela Codemig e Fiemg”.
O presidente da FIEMG ressaltou ainda que, era uma falácia que iriam despejar a Filarmônica, pelo contrário, o objetivo do Sesi sempre foi ajudar, ele também lamentou que a distorção dos fatos: “Já havia um contrato da Filarmônica que iria acabar no dia 13 de julho. O nosso contrato é posterior a esse contrato. E no dia 13 de julho, se nada for feito, a Filarmônica não tem mais direito a cessão do espaço, independente do contrato com a FIEMG. Essa era a situação jurídica antes da entrada da FIEMG e continua sendo após a saída, então, atacar a FIEMG é um equívoco extraordinário. A Filarmônica perdeu, com certeza, a maior oportunidade pra que ela pudesse, de fato, ser sustentável e mudar seu patamar, do ponto de vista financeiro. Essa parceria com o Sesi seria muito interessante pra todos.” Finalizou Roscoe.