A mudança no estatuto vai permitir a indicação para o Conselho de Administração da estatal de ministros e secretários estaduais e até municipais, além de assessores em cargos de comissão.
A Petrobras viu-se no epicentro de uma controvérsia após aprovarem-se mudanças significativas em seu estatuto, suscitando críticas contundentes por parte de acionistas minoritários e investidores. A alteração, considerada uma intromissão política na estatal, promove uma abertura para a nomeação facilitada de gestores vinculados à esfera política, levantando preocupações sobre sua imagem e credibilidade.
As reformas, validadas na quinta-feira (30), flexibilizam os critérios para a escolha de administradores. Na prática, essa modificação tornará mais simples a indicação de políticos para o conselho de administração da empresa.
Tal medida provavelmente será objeto de julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na próxima semana, a Corte analisará a liminar concedida pelo ministro aposentado Ricardo Lewandowski, que autorizou a Petrobras a alterar seu estatuto como realizado na quinta-feira.
A liminar, suspendendo partes da Lei das Estatais, possibilitou a modificação do estatuto da companhia, apesar da oposição por parte de acionistas minoritários. A medida foi aprovada em uma Assembleia Geral Extraordinária com uma maioria apertada de 54,98% dos votos.
Confira o áudio do repórter Rodrigo Monteiro.