Por outro lado, resultado continua positivo no acumulado dos primeiros 11 meses de 2022, aponta o IBGE
O setor de serviços em Minas Gerais apresentou, em novembro, um recuo de 1% frente a outubro de 2022, na série com ajuste sazonal, enquanto o Brasil se manteve estável no mesmo período. Com esse resultado, no ano de 2022 até novembro, Minas Gerais apresentou avanço de 11,2%, enquanto que no Brasil se verificou um crescimento de 8,5%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em nível nacional, em 19 das 27 unidades da federação houve retração no volume de serviços em novembro de 2022, frente ao mês imediatamente anterior. De acordo com o IBGE, Minas Gerais ficou entre os estados que geram os maiores impactos negativos na composição do índice nacional. Além de Minas, que registrou queda de 1%, também tiveram resultados negativos importantes os estados de São Paulo, com queda de 0,5%, seguido por Mato Grosso, com redução de 7,9%, Distrito Federal (4%) e Amazonas (6,7%).
Mesmo com a queda, o setor de serviços vem mostrando crescimento sobre o período pré-pandemia, segundo explicou a analista da pesquisa de Serviços do IBGE em Minas Gerais, Alessandra Coelho de Oliveira.
“É importante destacar que o resultado de novembro, apesar do decréscimo frente a outubro, em relação ao nível pré-pandemia, fevereiro de 2020, o resultado está 21,1% acima em Minas Gerais. A expansão é maior que a vista no Brasil, que foi de 10,7%”.
Apesar da queda em novembro frente a outubro, no Estado foi verificado avanço de 10% no volume de serviços se comparado com o mesmo mês de 2021, enquanto no Brasil a evolução foi de 6,3%. O resultado positivo do volume de serviços foi registrado em 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (7,6%), seguido por Minas Gerais (10%).
Na comparação de novembro com igual mês do ano anterior, foram destaques os setores de Serviços prestados às famílias, que encerrou o intervalo com crescimento de 15,2%, seguido pelo de Transportes, serviços auxiliares a transportes e correio, com variação positiva de 24,6%, e Serviços profissionais, administrativos e complementares, com avanço de 8,1%.
“Minas Gerais apresentou uma expansão acima do índice nacional, que foi de 6,3%. Essa expansão comparando com novembro de 2021, quando eram sentidos muitos efeitos da pandemia, vemos agora uma recuperação do setor em relação à pandemia. É um resultado muito positivo”, explicou Alessandra Oliveira.
Apesar da maior parte dos setores ter registrado resultados positivos, em novembro, frente a igual mês do ano anterior, quedas foram observadas em Serviços de informação e comunicação, 1,7%, e outros serviços, 24,6%.
Acumulado
Com resultado mensal observado em Minas, de acordo com os dados do IBGE, o índice de volume de serviços no acumulado do ano até novembro cresceu 11,2% em Minas Gerais, sendo o segundo mais importante na composição dos dados do País, que apresentou alta de 8,5%, e atrás somente de São Paulo. Ao todo, foram registradas no Estado, no período, cinco taxas positivas e seis negativas.
Foram destaques neste período, a alta de 36,5% nos Serviços prestados às famílias, de 20,3% nos Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e de 17% em Serviços profissionais, administrativos e complementares.
Entre janeiro e novembro, os setores de outros serviços e . Serviços de informação e comunicação apresentaram quedas de 31,2% e 2,2%, respectivamente.
Retomada
De acordo com o economista do setor de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, Guilherme Almeida, a alta nos volumes de serviços se deve à recuperação do setor frente à crise gerada pela pandemia de Covid-19.
“A gente verifica que o processo de normalização da atividade econômica ocasionou em um maior fluxo de pessoas nos centros urbanos e também na retomada do trabalho presencial. Isso já estimula a própria prestação de serviço. Temos, por exemplo, um trabalhador que vai trabalhar em uma empresa e vai almoçar em um restaurante. As viagens a trabalho também estão sendo retomadas”.
Ainda segundo Almeida, essa normalização das atividades movimenta primeiramente serviços profissionais administrativos e complementares que no acumulado do ano, em Minas Gerais, registra um crescimento da ordem de 17%.
“O serviço prestado às famílias – com as viagens, com as idas a restaurantes, com serviços de hospedagens – aumentou 36,5% no acumulado do ano e isso também foi proporcionado pela normalização, um arrefecimento da pandemia e a retomada de fluxo de pessoas. O setor de transporte também está inserido dentro do serviços e acaba, tanto do ponto de vista de transporte de carga, para atendimento do suprimento dos centros urbanos, como o transporte de passageiros, sendo movimentado por essa maior demanda”.
As informações são do Diário do Comércio.
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