Dois vereadores, 14 ex-vereadores e três ex-assessores parlamentares de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, estão sendo acusados de improbidade administrativa pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Uma advogada, uma servidora pública e diversos empresários do município também estão envolvidos no esquema.
As investigações apontam que parte do esquema teria sido descoberta por meio da operação Templo de Ceres, deflagrada na cidade em 2016. Segundo o Ministério, foram instaurados quatro inquéritos civis, analisados 258 volumes de documentos e ouvidos testemunhas e investigados.
A corrupção no uso da verba de gabinete era concretizada por meio de notas fiscais falsas fornecidas por empresários locais e apresentadas pelos envolvidos, simulando gastos com locação e manutenção de veículo, aquisição de produtos e serviços, divulgações parlamentares e compra de alimentos.
Conforme as investigações, com a apresentação das notas fiscais falsas ou irregulares, os vereadores, com o apoio dos assessores processados, causaram um prejuízo aos cofres públicos da ordem de R$ 3,5 milhões.
Diante dos danos consideráveis aos cofres públicos, os promotores de Justiça Mariana Duarte Leão e Nilo Virgílio dos Guimarães Alvim, pediram condenação por danos morais coletivos. Além disso, é solicitado o ressarcimento integral do dano e a fixação da multa civil em até duas vezes o valor do prejuízo, ou seja, cerca de R$ 11 milhões.
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