No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o Instituto Daniel Franco lançou o projeto “Acolher – Um abraço de esperança”, voltado mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto oferece toda rede de apoio à estas mulheres para um recomeço de vida.
De acordo com o presidente do IDF, Daniel Franco, a violência doméstica praticada contra mulheres aumentou consideravelmente durante a pandemia. Somente ano passado, houve 1100 registros envolvendo a Lei Maria da Penha em Uberaba. E muitas vezes, as vítimas continuam submetidas a seus agressores, por não ter aonde ir e nenhum suporte para buscar uma nova vida”, diz.
O projeto “Acolher” conta com o apoio do Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) que vai encaminhar as vítimas atendidas pelo serviço da Patrulha de Prevenção a Violência Doméstica (PPVD), desenvolvido pelo 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) ao IDF, para receberem toda assistência necessária.
A previsão é realizar 50 atendimentos mensais, com assistência jurídica, psicológica e assistencial. “Estas mulheres terão todo suporte para recomeçar a vida, desde orientações jurídicas, atendimentos por psicológicos e de assistentes sociais e acesso a cursos profissionalizantes, visando a recolocação no mercado de trabalho”, informa Daniel Franco.
Desde 2020, o trabalho desenvolvido pela Patrulha de Prevenção a Violência Doméstica (PPVD) busca diminuir os números de violência doméstica em Uberaba e região. E, a partir de agora, o projeto Acolher está junto, para unis esforços a este importante serviço.
De acordo com Tenente Cintra, do PPVD, o rompimento do ciclo de violência está intimamente mais vinculado à mudanças sociais, do que propriamente legais. “Isto quer dizer que é necessário, além do envolvimento da justiça, que é feito com excelência em Uberaba, apoio psicológico, qualificação profissional e políticas públicas habitacionais para as vítimas”, diz. Ainda de acordo com Tenente Cintra, a PPVD amparada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e pela justiça tem conseguido romper o ciclo da violência. “Contudo temos vivenciado alta demanda de assistência jurídica para tratar questões envolvendo guarda, visita e alimentos além de qualificação profissional para gerar independência financeira, atendimento psicológico”, explica.
Com isso, o projeto Acolher dará essa retaguarda. Além da Assistência Jurídica, o Projeto Acolher também conta com psicólogas e assistentes sociais cedidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE-MG), também parceira do IDF nesta iniciativa.
As assistidas também receberão capacitação profissional para buscarem recolocação no mercado de trabalho e uma serie de cuidados, para aumentar sua autoestima.
Desta forma, estas mulheres recuperam sua confiança em si mesmas, alcançam sua independência financeira “e terão condições de recomeçar, com mais oportunidade e segurança”, completa Daniel Franco.
Postado originalmente por: JM Online – Uberaba
