Permissão de música ao vivo ainda não atende segmento

JAIRO CHAGAS


Fred Masson pontua que as novas determinações trazem ônus para o segmento, que foi muito prejudicado economicamente

A permissão da música ao vivo nos bares e restaurantes é vista como avanço, mas as regras definidas para as apresentações em decreto municipal ainda não atendem plenamente o segmento. O presidente do Sindicato dos Proprietários de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Uberaba (Sinhores), Fred Masson, comemora a nova flexibilização já que a retomada das atividades para os músicos é muito importante para a classe, que estava parada desde o início da pandemia.

“É sempre bom avançar, principalmente em relação aos músicos, que são nossos parceiros”, diz. Mas, ele pontua que as novas determinações trazem ônus para o segmento, que foi muito prejudicado economicamente, trabalhando com queda significativa de faturamento e que, agora, terão de fazer novos investimentos se quiserem oferecer o serviço aos clientes. “Há questões que ficamos sem entender e que nos trazem um grande ônus. O setor está combalido. Ainda estamos funcionando com restrições trabalhando com 30% e no máximo 50% do faturamento normal”, destaca.

A exigência da barreira física, de acrílico, entre os artistas e o público, é uma das medidas que não foram bem aceitas entre o segmento devido ao alto custo e defende outras medidas que podem garantir a segurança sanitária. Segundo ele, há vários estabelecimentos que o palco fica bem distante do público, não sendo necessária a obrigatoriedade da placa. Além disso, o dirigente diz que o material, de dois metros por um metro, está avaliado em R$400. “Imagine o gasto para proteger um palco inteiro? Essa placa pode chegar a R$ 2 mil”, afirma.

Sindicato quer que nos fins de semana horário de fechamento seja estendido

Sinhores também deve interceder pela ampliação do horário de fechamento dos bares e restaurantes. Pelas regras atuais, os estabelecimentos podem funcionar somente até a meia-noite. Segundo o presidente, a reivindicação deve ser levada ainda esta semana à Prefeitura de Uberaba.

Segundo Fred Masson, a limitação prejudica principalmente os estabelecimentos que só abrem no período da noite. Com isso, grande parte está funcionando apenas três ou quatro horas por dia, o que também prejudica o faturamento.

A proposta é que ao menos nos finais de semana este horário de fechamento seja estendido até, por exemplo, às duas horas da madrugada. “E fechando mais tarde, não haverá o aumento da transmissão do vírus. Pode até possibilitar que as pessoas se diluam neste espaço de tempo, sem que haja aglomeração”, explica.

O presidente reforça que a entidade está trabalhando em conjunto com o município e agindo com responsabilidade, cumprindo todas as regras, e realizando até a autofiscalização, na tentativa de conter o vírus e, ao mesmo tempo, socorrer o segmento, que também passa por dificuldades. No entanto, ele defende uma análise das regras sob a visão dos proprietários, que tem conhecimento técnico sobre o funcionamento dos estabelecimentos.  


Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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