Tribunal condena assassino de Aldo Fachinelli a 12 anos após 11 de espera

Familiares e amigos acompanharam ao longo de todo o dia o julgamento pelo Tribunal do Júri, que durou mais de sete horas

Após sete horas de julgamento, Wanderson de Freitas Oliveira foi condenado ontem a doze anos de prisão pelo homicídio qualificado do advogado Aldo Fachinelli. O réu saiu preso após a leitura da sentença pelo juiz-presidente Stefano Raimundo.

O júri popular foi realizado ontem no Fórum Melo Viana. O crime ocorreu no dia 7 de dezembro de 2007. Aldo Fachinelli foi ferido com dois tiros de arma de fogo, após o réu ter invadido sua residência, e morreu dois dias depois, um mês antes de completar 64 anos.

A acusação ficou nas mãos do promotor de Justiça Roberto Pinheiro da Silva Freire, tendo como assistente o advogado Tiago Juvêncio, enquanto o réu teve a defesa desempenhada pelo advogado Lázaro Agenor da Silva.

A esposa, Cleusa Fachinelli, presenciou o crime e foi testemunha chave da acusação. Emocionada, ela prestou depoimento de frente para o réu, dizendo que nunca irá esquecer do rosto dele, quando feriu o marido.

Para o advogado assistente da acusação, o resultado é positivo, visto que após onze anos o réu foi condenado pelo crime de homicídio qualificado – por impossibilitar a defesa da vítima. Conforme Tiago Juvêncio, a condenação traz certo alívio à família, que terá a dor amenizada, pois foram onze anos de sofrimento, aguardando o julgamento, em virtude da morosidade judicial.

Familiares e amigos acompanharam ao longo de todo o dia o julgamento pelo Tribunal do Júri, que teve duração de mais de sete horas, vestidos de branco, simbolizando paz e justiça. Um adesivo com a foto da vítima e o pedido de justiça foi distribuído aos presentes no júri popular. Após a leitura da sentença, aplausos ecoaram pelo salão do Tribunal do Júri.

O crime ocorreu na residência da família. Aldo Fachinelli entrou em luta corporal com o réu após a invasão. Foi neste momento que o advogado foi atingido pelos disparos. Frente a frente com o agressor, ao lado do marido ferido, Cleusa ainda implorou que o mesmo fosse embora e não o matasse. Wanderson só foi reconhecido seis meses depois pela viúva e pelo genro Leonardo Teodoro, por meio de fotografias apresentadas pela Polícia Civil e após exaustivas investigações, comandadas pelo delegado Heli Andrade.

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Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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