Duda Salbert concorre a uma das duas vagas ao senado mineiro; ela é a primeira mulher trans a concorrer ao cargo
O número de mulheres que concorrem por uma vaga no senado neste ano é maior do que nas duas últimas eleições. Ao todo são 62 candidatas em busca das 54 cadeiras em disputa, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas disputas ao senado em 2014, 35 mulheres tentaram a renovação de 81 vagas. Já em 2010, havia 36 candidatas para 54 cadeiras.
Uma novidade nas eleições de 2018 é a candidatura da primeira mulher trans ao cargo de senadora. E é Minas Gerais: Duda Salbert concorre a uma das duas vagas ao senado mineiro. Desde março deste ano, o TSE autorizou candidatos transgêneros a utilizarem o nome social nas urnas e atualizar a identidade de gênero no Cadastro Eleitoral.
De 2010 até o momento, a participação da mulher na política cresceu pouco. Há oito anos a proporção era de 86,8% dos candidatos homens e 13,2% de mulheres. Já nestas eleições, dos 353 candidatos ao senado, 291 são homens. Numero que significa que as mulheres são 17,6% de concorrência ao pleito. O crescimento de candidatas entre 2010 e 2018 foi de 4,4%.
A Lei das Eleições determina o mínimo de 30% de candidatos de cada gênero a cargos proporcionais, não sendo para presidência, governo e para o senado. As informações foram coletadas na última terça-feira (28). A Justiça Eleitoral tem até 17 de setembro para analisar os registros de candidaturas, o que pode alterar as estatísticas divulgadas.
A.W