“Vivemos o coronelismo do século 21”, critica Romeu Zema

Pré-candidato do NOVO ao governo de Minas Gerais questiona capacidade de partidos atuais para conduzirem as mudanças que o estado necessita

Pré-candidato ao governo de Minas Romeu Zema e o repórter da Amirt Victor Veloso
Pré-candidato ao governo de Minas Romeu Zema e o repórter da Amirt Victor Veloso

“Vivemos quase um coronelismo no século 21. As coligações em Minas têm sido feitas em busca de estrutura de campanha, como ampliação de tempo na TV. As necessidades da população são ignoradas. Dois grupos tentam sufocar alternativas viáveis para a população mineira em função unicamente de se revezarem no poder”, critica o pré-candidato ao governo de Minas Gerais pelo partido NOVO, Romeu Zema.  Ele faz referência, também, ao fato de que Pimentel e Anastasia estão fazendo de tudo para polarizar as eleições e, mais uma vez repetir a dobradinha que faz com que PT e PSDB se revezem no poder em Minas.

Zema defende coligações feitas somente a partir de princípios programáticos. De modo a colocar o eleitor no centro dos interesses, dando visibilidade à essência dos partidos e, consequentemente, suas propostas e compromisso ético da legenda com seus filiados e com a população. “A velha classe política, desgastada e apegada aos privilégios, está comprometida com o próprio continuísmo, e não com as mudanças profundas e necessárias na estrutura do estado e do Legislativo. Segundo ele, nenhum partido da velha guarda está apto a conduzir tais transformações. Já tiveram esta oportunidade por décadas e demonstraram incapacidade. Após ganharem as eleições, os políticos esfacelam as alianças e os partidos vão aderir a outras estruturas de poder”, lamenta Zema.  Ele também questiona a legitimidade, na prática, dos 35 partidos que existem e disputam as eleições é fruto de uma estrutura viciada.

O advogado e especialista em Direito Eleitoral Leonardo Spencer Oliveira Freitas explica que, não à toa, o eleitor vive uma crise de representatividade, pois as siglas de muitos partidos pouco, ou quase nada, representam, atualmente. “A fidelidade ao estatuto é importante. Ter ideologia não significa ser engessado, mas sim evoluir mantendo os princípios do partido”, frisa Freitas.  O cientista político Adriano Gianturco, professor do Ibmec, explica que nada mais distante da política do que partir do princípio de que a mesma busca o interesse popular: “o político quer se reeleger, ocupar cargos, virar secretário. O poder é mais forte do que o Direito”, analisa Gianturco.

“Nada do que existe hoje nos representa. Somos novos em tudo – sem vínculos com o passado e muito menos intenções de continuísmo ou sucessões em cargos públicos. Seguimos firmes em direção ao governo de Minas”, pontua o pré-candidato ao governo de Minas Gerais.

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