Cerca de 50 mil cães e gatos da região urbana de Juiz de Fora podem ser vacinados, neste sábado (24), contra a raiva. A cidade contará com 96 postos de imunização, entre Unidades Básicas de Saúdes (UBSs), praças públicas, centros comunitários e campos de futebol, que estarão abertos das 8h às 17h.
Equipes do setor de zoonoses da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) estarão nos locais para realizar a imunização. Neste ano, em razão da pandemia do coronavírus, os tutores dos animais deverão usar máscaras e atentar para o distanciamento físicos nas filas. Nos pontos da vacinação antirrábica, o álcool em gel estará disponível.
Conforme o supervisor do controle de zoonoses da PJF e coordenador da campanha de vacinação antirrábica, José Geraldo de Castro Júnior, cães e gatos com mais de 3 meses de idade podem ser vacinados. Não há contraindicação para a vacina, mas animais que estão doentes ou em algum tipo de tratamento só devem ser imunizados depois da recuperação, porque, desta forma, a resposta do sistema imunológico deve ser mais eficiente.
Também não é recomendável aplicar a vacinação antirrábica em cadelas e gatas que estejam prenhes ou que tenham tido filhotes recentemente. “Não pela vacina, porque ela não interfere. Mas como alguns animais são muito sensíveis ao estresse, o nervoso que envolve a aplicação pode causar problemas na gestação ou na produção de leite delas”, explica José Geraldo, que também é médico veterinário.
Prevenção à Covid-19
Além dos cuidados que devem ser tomados com os animais, por conta da pandemia, neste ano também há orientações de prevenção à Covid-19. Os juiz-foranos que desejarem levar os animais para a vacinação antirrábica, mas pertencem ao grupo de risco do coronavírus, são orientados a evitar aglomerações durante a imunização.
“Recomendamos às pessoas que pertencem aos grupos de risco a pedirem a algum parente ou amigo, que tenha familiaridade com o animal, para levá-lo a um posto de imunização. Se não for possível, o tutor deve comparecer tomando todos os cuidados, além de dar preferência para horários em que há menor procura, como no início da manhã”, pontua.
José Geraldo também aconselha os tutores a higienizarem as patas dos animais ao chegarem em casa, após a vacinação, como medida de prevenção ao coronavírus. “Assim como nós temos mantido o cuidado de trocar as roupas, tomar um banho e trocar os calçados, é recomendável que a desinfecção das patas dos animais seja feita, se possível, com produtos específicos para eles.”
A lista completa dos postos de vacinação está disponível no site da PJF. Uma nova etapa da campanha na Zona Urbana está prevista para o mês de dezembro.
Vacinação antirrábica para impedir a doença
Cães, gatos e outros animais, como bovinos, na Zona Rural, são vacinados contra a raiva porque podem ser transmissores da doença. O objetivo da campanha antirrábica é fazer com que não se tenha a infecção em seres humanos. Entretanto, apesar da vacinação, o vírus circula pela região, e é transmitido, principalmente, pelo morcego hematófago. Neste sentido, a imunização dos animais é importante, pois há registros de casos em bovinos quase todos os anos.
Conforme a PJF, neste ano, houve uma manifestação de raiva em um veado campeiro encontrado na região de mata. A ocorrência foi registrada em um condomínio no Bairro Jardim Natal, na Zona Norte. Na ocasião, o setor de zoonoses fez o bloqueio e controlou a situação, segundo a Prefeitura.
Em 2018 também houve um registro em uma vaca, localizada na BR-040, no Bairro Santa Cruz, mesma região. Conforme o coordenador da campanha, muitos fazendeiros não vacinam seus animais, embora exista um trabalho de orientação para que seja feita a imunização.
Prevenção
Em 2019 não houve campanha de vacinação antirrábica na Zona Urbana de Juiz de Fora, embora a imunização seja uma prática regular há muitos anos. Em junho, a Tribuna publicou reportagem em que especialistas demonstravam preocupação com a demora para a realização de uma nova campanha, visto que a última imunização para animais da região urbana tinha ocorrido em meados de 2018.
De acordo com o supervisor do controle de zoonoses da PJF, a imunização anual contra a raiva é importante. Isso porque evita novos casos da doença, que pode, inclusive, matar os animais. “Creditamos essa regularidade ao fato de não termos a ocorrência de raiva em cães e gatos desde 1998. Isso demonstra a eficácia das campanhas”, reforça José Geraldo.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora