Ter um celular hoje em dia é tão comum ao ponto de que, quando aparece alguém que não tenha, as pessoas se assustam. E quanto mais tecnologicamente avançado melhor. Afinal, ele ajuda e facilita diversos setores da vida humana. Porém, existe um lado que a maior parte da população se recusa a acreditar ou aceitar: o quão mal esse inofensivo aparelho faz à sociedade.
O vício é tão grande que mesmo com telas desligadas e no silencioso, o telefone toma a atenção e faz com que a checagem de notificações se torne rotineira e repetitiva. Para alguns cientistas, o uso abusivo de telefones celulares está associado ao vício de drogas.
Segundo Mario Louza, médico psiquiatra da Faculdade de Medicina da Universidades de São Paulo, isso acontece porque os comportamentos de quem utiliza os entorpecentes e os celulares se assemelham. “O princípio de qualquer dependência é muito parecido, seja químico ou comportamental. Você tem desejo intenso de buscar aquilo. O segundo aspecto é a síndrome de abstinência. Quando fica sem usar você tem reações de ansiedade, irritabilidade. E o terceiro ponto é a tolerância. O uso contínuo faz a pessoa querer aumentar a dose para ter o mesmo efeito”, explica o médico.
Por já considerarem o telefone um mal do século, muitos especialistas trazem à sociedade maneiras para se comportarem sem o celular e formas de sair do vício. Alguns exemplos: quando for fazer algo importante, principalmente no trabalho, coloque o telefone fora do alcance de visão e de preferência no silencioso; ao dormir, mantenha seu celular desconectado da internet e o mais distante possível e só use o aparelho quando realmente necessário, nada de futilidades para evitar distrações durante o dia.
(com edição de Gabrielle Junqueira)