Usiminas opera no limite com efeitos de paralisação dos caminhoneiros

Wolmer Ezequiel

Usiminas: se paralisação não acabar operação será prejudicada

O prolongamento da paralisação dos caminhoneiros fez aumentar nessa segunda-feira a preocupação com os reflexos da falta de insumos em empresas e hospitais de Ipatinga.

No caso da Usiminas, há riscos de desligamento do alto-forno 1, que a empresa acabou de reacender.

Um alto-forno pode ficar somente 40 horas ocioso. Depois disso o equipamento entra em deterioração. Um dos principais insumos é a cal, indispensável para o processo siderúrgico.

O aço é produzido a partir do minério de ferro, coque (no caso da Usiminas) e cal, substância usada no preparo do minério de ferro (pelotização). Além de ser o aglomerante usado na sinterização do minério, a cal é a matéria-prima empregada na dessulfuração do gusa, elemento escorificante na aciaria, protetor do revestimento refratário dos fornos siderúrgicos, lubrificante essencial na trefilaria e também usada para tratamento dos efluentes ácidos do processo.

Para evitar a rapada repentina dos equipamentos com a falta do insumo, a Usiminas opera com o nível mínimo de produção, para evitar que os insumos acabem.

A reportagem do Diário do Aço apurou que a empresa chegou a acionar a Justiça no fim de semana, em busca de mandados judiciais para a liberação de dez de caminhões que estão parados na região, com cargas de insumos destinados à usina em Ipatinga.

A informação das fontes é que, mesmo informados da urgência da situação os integrantes da paralisação não aceitam liberar o tráfego dos caminhões com as cargas de insumos.

Medicamentos

No hospital Márcio Cunha faltam produtos essenciais e a Fundação São Francisco Xavier reduziu os procedimentos aos pacientes, limitando-se ao atendimento dos casos de urgência e emergência.

O principal gargalo para a normalidade do atendimento são cargas de medicamentos e insumos hospitalares, que deveriam ter saído de São Paulo, mas não saíram.

Hospital Unimed também prioriza urgência e emergência

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Unimed informou que atua em um plano de contingência por causa da falta de combustíveis no mercado. Com isso, Núcleo de especialidades cancelaram atendimentos nos postos de coleta, exames de endoscopia e pequenos procedimentos. No centro cirúrgico estão cancelados procedimentos eletivos, para priorizar atendimentos emergenciais.

No Hospital Unimed há risco de indisponibilidade de remoções e diligências assistenciais. Na central de atendimento telefônico foi reduzido o horário de atendimento para o período de 6h às 18h. Por causa da precariedade nos meios de transporte igualmente foi reduzido o número de empregados mobilizados da cooperativa para os turnos de trabalho.


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