Usiminas define novo planejamento estratégico para os próximos 5 anos

Wôlmer Ezequiel

Reforma do alto-forno abre série de investimentos da Usiminas

O presidente da Usiminas, Sergio Leite, informou que a siderúrgica possui um planejamento estratégico de investimentos para os próximos cinco anos, durante a cerimônia de religação do Alto-Forno 1, na terça-feira (17).

Segundo o CEO da empresa, somente após o entendimento entre os sócios majoritários é que a empresa estabeleceu um novo plano. “Desde julho de 2017, nós voltamos a nos dedicar ao planejamento estratégico da empresa. Durante três anos, ficamos sem realizar esta discussão. Nos próximos anos teremos bons investimentos na Usiminas”, sinaliza Sergio Leite.

No ano de 2016, os investimentos realizados atingiram a casa dos R$ 225 milhões e no, ano passado, esta quantia foi de R$ 216 milhões. Para este ano, Sergio Leite estima que o aporte seja de quase meio bilhão de reais. “Se tudo caminhar como estamos esperando, com o PIB crescendo entre 2,5% a 3% e o consumo de aços planos em 7%, temos plano para investimentos no período de cinco anos. Não investimentos para aumentar a capacidade produtiva. Temos que ocupar a nossa capacidade instalada. Mas iniciaremos um novo ciclo de investimentos e agregação de valores para a empresa”, destaca o presidente.

O diretor de operações da usina de Ipatinga, Roberto Maia, informa que estão programadas paradas para manutenção do Alto-Forno 3 nos próximos anos, o que também necessitará de mão-de-obra especializada. “Teremos uma pequena parada de nove dias no mês de agosto, para a manutenção mecânica no Alto-forno 3. Pretendemos operar neste ritmo até 2021, daí será realizada uma parada de maior impacto, em torno de 90 dias para retornar a capacidade plena de operação do equipamento”, detalha Roberto.

Empresários

Com um novo ciclo de investimentos e resultados positivos da Usiminas, a classe empresarial de Ipatinga e região comemoraram a retomada da produção plena. O presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Prestação de Serviços de Ipatinga (Aciapi), Cláudio Zambaldi, destacou que essa reação da siderúrgica tem refletido em toda a cadeia produtiva do município. “Passamos por anos difíceis com a Usiminas em queda. Desde o início da sua recuperação, as demais indústrias da região, prestadores de serviços e comércio sentiram melhoras. A retomada do Alto-Forno 1 é o símbolo de uma economia mais próspera, novamente, no Vale do Aço”, afirma Cláudio.

Repórter: Fernando Lopes


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