A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santa Luzia iniciou, nesta segunda-feira (14), mais um estudo clínico relacionado à Covid-19 em parceria com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Desta vez, a unidade está funcionando como ponto de testagem para voluntários sintomáticos (febre acima de 37º, dor de cabeça, calafrios, perda de olfato/paladar, diarreia, tosse/dor de garganta, dispneia (falta de ar), coriza/congestão nasal).
Os interessados, que apresentarem um ou mais desses sinais e tiverem em mãos a requisição médica para realização do PCR, podem comparecer à UPA de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h. O atendimento é condicionado à distribuição de senhas, pois há limitação de testes disponíveis por dia.
Em vídeo veiculado sobre o projeto, o infectologista Marcos Moura explica que a UPA de Santa Luzia começa a realizar testes para o diagnóstico da Covid-19 em uma parceria firmada entre o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, a Fiocruz e o Ministério de Ciência e Tecnologia. “Iniciamos um novo estudo clínico para realização e desenvolvimento de um protótipo nacional para diagnóstico da Covid-19.”
Segundo ele, para participar do programa, o usuário deve se dirigir à UPA portando a requisição médica com pedido para a realização de PCR. “Esse documento será distribuído para os hospitais de referência da nossa cidade. O voluntário deve seguir todos os procedimentos do protocolo: ser maior de 18 anos e apresentar, nos últimos sete dias, algum sintoma relacionado à Covid-19. Não serão aceitos para o estudo pacientes portadores de doenças imunossupressoras, que façam ou necessitem de hemotransfusão ou, ainda, que possuam outra doença que descaracterize o diagnóstico da Covid-19.”
Ainda conforme o especialista, como se trata de estudo clínico, o voluntário deve seguir todas as orientações que serão dadas na unidade, como retornar à UPA para outros exames e assinar um termo de consentimento. “Sem isso, fica inviável a participação.” O infectologista ressalta que foi criado na unidade um posto de coleta exclusivo para a proposta.
Esta é a segunda pesquisa em meio à pandemia fruto de parceria entre o HMTJ e o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. No fim de junho, o ministro da pasta, Marcos Pontes, inaugurou, também na UPA de Santa Luzia, o projeto “Sarita-2|#500 voluntários”.
Na época, houve captação de pessoas para desenvolvimento de terapia clínica para enfrentamento da Covid, baseada na substância nitazoxanida, princípio ativo dos antivirais mais conhecidos como Azox ou Annita. A pesquisa foi coordenada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora