Uberaba registra aumento de 3,41% nos crimes violentos em comparação com 2021

Não é difícil adivinhar que, considerando o aumento nas denúncias formalizadas de estupro em Uberaba nos últimos meses, o número de casos de crimes violentos na cidade, em 2022, já ultrapassa o registrado no mesmo período em 2021. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp), Uberaba já acumula 424 casos em sete meses.
Em comparação com o ano de 2021, há um aumento de 3,41%. Neste ano, o mês que mais acumula casos é maio, com 94. Já em 2021, o mês de março é o que mais registrou casos, com 72. O balanço de 2021 fechou em 765.
Entre crimes violentos se enquandram: Estupro Consumado; Estupro de Vulnerável Consumado; Estupro de Vulnerável Tentado; Estupro Tentado; Extorsão Consumado; Extorsão Tentado; Extorsão Mediante Sequestro Consumado; Homicídio Tentado; Roubo Consumado; Roubo Tentado; Sequestro e Cárcere Privado Consumado; Sequestro e Cárcere Privado Tentado e Homicídio Consumado (registros).
2021756772637162410
2022505292799457424

 

Fonte: Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp MG 
Referindo-se aos casos de estupro consumado, 2022 conta com quatro casos até junho.
Entre os casos de estupro de vulnerável consumados registrados, a cidade conta com 21 neste primeiro semestre, contra 16 no mesmo período do ano passado.
Ainda de acordo com a Sejusp, nos últimos seis meses, Uberaba registrou 27 vítimas de crimes contra a dignidade sexual com vítimas de idade aparente de 0 a 11 anos. Em 2021, no mesmo período do ano, esse número chegou a 20, enquanto o balanço do ano fechou em 36.
2021 (ano todo)36
2021 (jan a junho)20
2022 (jan a junho)27
Fonte: Observatório de Segurança Pública/Reds/Sejusp MG 
O promotor da Vara da Infância e Juventude de Uberaba, André Tuma, explica que essa violência geralmente vem de pessoas próximas as crianças, indivíduos que já tem confiança dentro do círculo familiar. “É preciso empoderar essas crianças através de informação, através de técnicas de autoproteção. Porque quando esses crimes acontecem normalmente são com pessoas que normalmente já tem alguma convivência, algum nível de confiança conquistado com essa criança. Elas precisam ter consciência do que pode e do que não pode ser feito com elas”, explica.
O promotor ainda elucida que isso envolve a educação sexual, “que não tem nada a ver com a erotização precoce”, mas que significa, na verdade, ensinar técnicas de auto-proteção. “A criança tem que saber quais os lugares que tudo bem elas serem tocadas, um toque na mão, um toque no cabelo, e quais os lugares que elas só poderiam ser tocadas por adultos do círculo mais íntimo”, afirma.

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