Três jogadores do Tupi e o presidente apresentaram sintomas do coronavírus, conforme o próprio mandatário do clube, José Luiz Mauler Júnior, o Juninho. A Tribuna apurou que os atletas já realizaram os testes, com um resultado inconclusivo, um diagnóstico de sinusite e outro ainda não conhecido. Ainda segundo o mandatário carijó, ele também foi ao médico por estar tossindo, mas o profissional descartou a hipótese de Covid-19.
Conforme o revelado pelo presidente alvinegro, o jovem meio-campista Daniel Felipe dos Reis foi o primeiro a apresentar os sinais de Covid-19. O atleta vinha frequentando os treinamentos no Salles Oliveira, em Santa Terezinha, normalmente até essa segunda-feira, quando aumentou a gravidade dos sintomas e foi encaminhado ao Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora. Na manhã desta terça-feira (17), outros dois jogadores se sentiram mal durante o treinamento matinal do Galo Carijó.
“O coronavírus, em relação ao Tupi, a princípio parece que se manifestou em quatro pessoas: eu, que sou presidente, e mais três jogadores. Dois deles estavam passando muito mal, um foi para o hospital e o exame deu inconclusivo. Então foi recomendado a ele tomar o remédio e ficar em repouso, obviamente afastado das pessoas. Os outros dois foram encaminhados agora ao hospital para fazer os exames”, conta Juninho, antes de o diagnóstico de sinusite ter sido confirmado em um dos três esportistas.
Em decorrência dos sintomas apresentados pelos atletas, os treinos alvinegros foram cancelados até, no mínimo, a próxima segunda-feira (23). A informação foi divulgada em comunicado oficial do clube nas redes sociais.
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Primeira preocupação
O meio-campista Daniel Felipe relatou à reportagem que apresentou os sintomas suspeitos do novo coronavírus ao longo desta semana mas, inicialmente, preferiu evitar a ida ao hospital. No entanto, o agravamento da situação durante o treinamento de segunda-feira levou os profissionais do Tupi a encaminharem o atleta ao Hospital Santa Casa. “Eu estava tendo tosse intensa, chegando a dar ânsia de vômito. Tive 39 graus de febre, tomei remédio e melhorou. Eu até segurei um pouco porque estava vendo que várias pessoas estavam assustadas e indo sem necessidade ao hospital. Mas a tosse piorou e chegava a ponto de eu ficar com falta de ar”, afirma o atleta.
Na Santa Casa, de acordo com o jogador, ele não foi submetido a nenhum exame, com o atendimento ficando basicamente restrito a uma conversa com a médica que estava de plantão. “Eu expliquei tudo o que aconteceu, fui muito bem atendido, por uma moça muito educada, mas ela julgou pelo que eu falei. Eu acho que ela deveria ter feito mais exames para ver o que eu tinha, mas ela só me receitou repouso, muito líquido e ficar isolado em casa usando máscara”, conta Daniel. Segundo o meio-campista, foram realizados apenas medição de pressão e batimento cardíaco.
O atleta também contou que, há pouco mais de uma semana, esteve no Rio de Janeiro (RJ) por quatro dias em uma festa de aniversário. Conforme o jogador, a situação foi passada para a médica. “Eu passei para a médica que não havia muita gente na festa, tinha umas 30 pessoas”, assegura. No momento, o meio-campista segue cumprindo as recomendações médicas e está recluso em casa enquanto aguarda pela melhora dos sintomas apresentados. Em caso de piora no quadro clínico, Daniel terá que retornar ao hospital. “Se eu voltar a ter febre ou se a tosse não passar, foi recomendado que eu volte ao hospital”, confirma.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora