No pleito de 2018, o tema foi objeto de ações coordenadas de eleitores e grupos políticos
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que as urnas eletrônicas são seguras e as medidas adotadas são transparentes, podendo ser acompanhadas pelos partidos e outras instituições.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, informou que as urnas são utilizadas como meio técnico de coleta de votos desde a disputa municipal de 1996. Além disso, o secretário afirmou que a iniciativa veio após várias falhas na coleta e apuração, na época, realizadas por humanos.
Giuseppe também disse que quando as pessoas votavam em cédulas de papel havia muita intervenção humana. Com isso, ocorria muita lentidão no processo, prática de erros e possibilidade de fraude pela manipulação da informação.
Todo a tecnologia é desenvolvida no TSE, ou seja, seis meses antes de cada eleição o sistema é aberto para que mais de 15 instituições, como partidos políticos, Ministério Público, se habilitem para verificar os programas que são adotados.
Após esse processo, os programas são lacrados e blindados, passando por mecanismos de segurança por meio de assinaturas. Uma cópia fica no cofre do tribunal como alternativa para verificação. Outras são enviadas para os tribunais regionais eleitorais.
Portanto, quando o software é instalado nas urnas, o mecanismo eletrônico lê e confere as assinaturas. Apenas desta forma, a urna funciona. O secretário confirma que a urna tem todo um esquema de proteção porque ela não vai funcionar e não vai gerar dado que não será oficial. Existem vários pontos de segurança e verificação que garantem a integridade do processo.
Outro processo de fiscalização feito pela Justiça Eleitoral é selecionar determinadas urnas na véspera da eleição e proceder uma simulação dos votos nas sedes dos TREs. No entanto, isso só acontece com a participação de representantes das candidaturas com câmeras filmando os votos e após o fim do procedimento há uma conferência se os votos vistos correspondem àqueles registrados na máquina.
Lembrando que após cada pleito, o TSE e a Justiça Eleitoral avaliam o desempenho do sistema e discutem o que pode ser inserido, tanto nos equipamentos quanto nos programas utilizados.