Três trevos de Juiz de Fora passarão por reestruturação

Trechos da Zona Sul e da região Central receberão obras de reestruturação este ano. A licitação dos projetos será lançada neste início de ano e envolve o trevo entre os bairros Cascatinha e Teixeiras, na Zona Sul, e o da Rua Doutor João Pinheiro, entre os bairros Vale do Ipê e Jardim Glória, na região central. A informação foi dada pelo titular da Secretaria de Transportes e Trânsito da Prefeitura de Juiz de Fora (Settra/PJF), Eduardo Facio, em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora na manhã desta quinta-feira (9).

Com relação ao trevo da Zona Sul, segundo Facio, o objetivo é facilitar o trânsito para os motoristas que transitam no sentido Teixeiras, principalmente para os carros que seguem pela Avenida Paulo Japiassú Coelho e cruzam a Avenida Deusdedith Salgado. “Talvez, se for necessário, vamos criar um semáforo onde tem um quebra-molas no sentido de quem vem da Deusdedith Salgado”, explica. Na região Central, as alterações serão nos dois sentidos da rotatória próxima ao Bairro Vale do Ipê. “Aquela rotatória seria diminuída, a que sobe a Rua João Pinheiro e vai no sentido do Jardim Glória e a que vai no sentido Universidade”.

Conforme o secretário, os dois projetos já foram elaboradas e serão encaminhadas para licitação. Os projetos se juntam às já anunciadas obras no Bairro Estrela Sul, assumidas pela iniciativa privada e noticiadas pela Tribuna ainda em novembro de 2019 . A intervenção em questão, de acordo com Facio, segue aguardando regularização da documentação pelos empresários que irão se responsabilizar.

 

Foto: Fernando Priamo

PJF tem nova proposta para regulamentar setor

O transporte de ônibus urbano coletivo também foi debatido pelo secretário durante a entrevista. Ele anunciou a entrega de proposta de nova lei, com 60 artigos, para gerir o setor na cidade. A legislação atual foi criada em 1968 e, de acordo com Facio, já não é suficiente para a complexidade atual do dispositivo público.

Entre as medidas propostas pela Settra, está a possibilidade de a própria secretaria poder remover ônibus coletivo que enguiçar e causar retenção em via pública. “Se a empresa não conseguir fazer nada, nós temos que fazer. Nós temos hoje uma empresa que trabalha para a Settra fazendo remoção de veículos por diversos motivos. Estamos criando um artigo para que essa empresa tenha, também, a obrigação de remover os ônibus que as empresas não conseguirem remover. O valor da remoção será por conta da empresa detentora do ônibus”, assegura.

Outra medida disposta na proposta envolve a obrigatoriedade de vistoria diferenciada aos ônibus que tiverem defeito durante as viagens. “Se o ônibus tiver uma quebra em espaço público, ele só vai retornar após ter uma nova vistoria. No caso de uma quebra, a inspeção terá que ser feita por outro profissional que não seja aquele que fez a vistoria rotineira”, explica o secretário.
O novo conjunto de regras já foi despachado pela Settra e será encaminhado para tramitação na Câmara Municipal.

Av. Brasil pode servir para desinchar trânsito na Getúlio

Uma das preocupações da Settra com o transporte público envolve a otimização dos trajetos e da utilização dos coletivos urbanos. Para realizar mudanças nos itinerários, a Avenida Brasil é vista pelo secretário como uma alternativa para retirar parte do fluxo de pessoas e veículos da região Central, sobretudo da Avenida Getúlio Vargas. “A gente está no final dos trabalhos, e estamos começando a compreender como a avenida vai se comportar após o término das obras, para verificar se será necessário colocar faixas exclusivas para ônibus ali”, afirma Facio.

A reestruturação de trajetos é vista pelo secretário como forma de garantir maior conforto e velocidade no transporte dos usuários, sem que seja preciso interferir no valor da passagem. “Em média, são 40 pessoas circulando durante todo o dia dentro do coletivo. A nossa ideia é beneficiar quem se utiliza do transporte coletivo trazendo maior conforto, mais facilidade. Caso contrário, o cidadão não vai utilizar o transporte coletivo”, avalia.

Atualmente, de acordo com Facio, todos os 600 veículos do transporte coletivo rodam no limite de utilização, o que influencia no volume de ônibus quebrados durante o serviço. Para resolver o problema, algumas linhas podem deixar de circular em horários de baixas demandas e em localidades que sejam atendidas por outras linhas. “A ideia não é acabar com linha de bairro algum, mas interromper, em um determinado horário, para que a linha não cause despesa de pneu, de quilometragem rodada e trazer a diminuição do valor. Se a gente estiver um tempo de manutenção maior em alguns carros, eles vão ter uma durabilidade maior”, justifica.

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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