Transporte de cargas cresce no fim de ano

Fim de ano e Black Friday estimulam setor em novembro e dezembro; comparação é frente aos demais meses

As festas de final de ano e a Black Friday, além de movimentarem o comércio,  estimulam o transporte de cargas. No Estado, nesse período, o volume de cargas fracionadas e de encomendas transportadas chega a ficar em torno de 25% maiores que os demais meses. Já em comparação com o ano anterior, o transporte permanece estável, no referido período.

De acordo com o diretor da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetecemg) e do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Antonio Luis da Silva Junior, normalmente entre novembro e dezembro há um incremento na demanda pelo transporte de cargas fracionadas e encomendas temporal: “O setor de cargas todo final de ano sempre tem uma melhora na parte das cargas fracionadas e encomendas e pequena retração nas cargas de grande movimentação. Comparado com os demais meses de 2022, essa demanda temporal cresce entre 20% e 25%. A alta é resultado da maior demanda, principalmente, das compras de Natal”.

Em relação à Black Friday, Silva explica que há um aumento da demanda, mas não tão significativo como as vendas natalinas. “Durante a data, percebemos uma movimentação maior no e-commerce, mas é um volume menor que no Natal. O aumento ainda não ocorre nas mesmas proporções vistas no exterior”, explica o representante das entidades

A avaliação em relação a 2022 como um todo e também frente aos últimos meses do ano passado é de estabilidade no setor de fracionado e encomendas. Apesar da melhoria dos níveis de empregos e da queda da inflação, ele acredita que os consumidores estão mais cautelosos e evitando gastos, o que impacta a demanda de transporte das cargas fracionadas.

“Apesar do aumento temporário de final de ano, não houve incremento no transporte de cargas desse setor se comparado com o ano anterior. Este ano, o setor foi muito massacrado pelo aumento dos preços dos combustíveis e também pelas paralisações. A política atrapalhou muito o desempenho. No ano, em geral, não houve diferença neste segmento. O consumidor está  apreensivo com a questão política e a instabilidade. Com isso, está mais cuidadoso com os gastos”, acrescentou.

Para o fechamento do ano no transporte de cargas em geral, a estimativa é que o desempenho em relação ao volume transportado seja melhor que em 2021.  Porém, em resultado financeiro para as empresas, será pior. De acordo com Silva, não foram feitas projeções para o encerramento do ano, já que o desempenho depende muito dos resultados de novembro e dezembro.

A queda nas margens é resultado dos custos elevados. “Esse ano, o setor de transporte de cargas em geral teve uma elevação de custos muito alta e que ficou fora do planejamento. Os combustíveis aumentaram muito rápido em função da guerra na Rússia. Tivemos um aumento generalizado de custos, com pouca capacidade de repasse. Além dos combustíveis, também ficam mais caros os insumos, caminhões, peças e equipamentos. Tudo subiu acima da inflação”, analisou.

As informações são do Diário do Comércio.

Foto: Alisson J. Silva/Arquivo DC

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