Trabalho preventivo visa redução de efeitos da chuva

Equipe da Defesa Civil de Ipatinga realiza colocação de lona em áreas de risco, visando a menor retirada de terra na hora da chuva

Os estragos provocados pela chuva no fim do mês de janeiro deixaram marcas no Vale do Aço. Famílias desabrigadas e áreas alagadas serviram de alerta para os órgãos e moradores de locais vulneráveis. De acordo com a previsão meteorológica para os meses de fevereiro e março, há possibilidade de mais precipitação. Com essa informação em mãos, Defesa Civil e setores correlatos têm ficado de sobreaviso e feito um trabalho preventivo na região.

O subsecretário de Habitação e coordenador de Defesa Civil de Timóteo, Arístenes Guimarães afirma que as atividades preventivas são realizadas durante quase todo ano e, quando, acontece algum sinistro, é prestada assistência. “Monitoramos as áreas de risco e encostas. No caso do distrito de Cachoeira do Vale, avisamos em qualquer sinal de perigo. Mas ainda temos problemas com a resistência das pessoas em deixar o local. Temos um plano de risco pensado, mas demanda verba para obras. O prefeito tem buscado esse recurso. Fizemos levantamento e isso foi levado para Brasília. De um modo em geral, nosso trabalho é feito a todo momento. A fiscalização de obra atua junto às construções, uma vez que ainda ocorrem irregularidades, como cortes em barrancos. Os moradores fazem intervenção sem auxílio técnico, isso não é correto”, alerta.

No município, o distrito de Cachoeira do Vale e os bairros Jardim Vitória e Nova Esperança são locais em que podem ocorrer alagamentos. Já no Ana Moura, Bela Vista, Macuco e Alegre, a preocupação é em razão de deslizamentos. “Daqui até o mês de março poderá acontecer precipitação. Então, temos trabalhado de forma preventiva, como sempre, e monitorando esses locais que mencionei. Em caso de chuva forte, a população deve ouvir a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Às vezes deixar seu lar é difícil, mas a vida é um preço muito alto a se pagar”, aconselha Arístenes.

Situação de emergência O prefeito de Timóteo, Douglas Willkys, decretou situação de emergência, em razão da intensa chuva que atingiu o município, provocando inundações, alagamentos, deslizamentos de terra e desmoronamento de casas. Segundo constataram os técnicos da Defesa Civil, os danos materiais à cidade são grandes e atingiram diretamente centenas de pessoas que foram obrigadas a deixar suas casas. A prefeita de Santana do Paraíso, Luzia de Melo (MDB), também decretou situação de emergência.

Na cidade, ocorreram, inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos de taludes, erosões e colapsos de edificações. Inundações e deslizamento de taludes ocorreram em diversas localidades no território urbano e rural do Município, mais precisamente nos bairros Águas Claras, Ipaba do Paraíso, (urbano e rural) Residencial Paraíso, São José, Centro, Vale do Paraíso, Industrial, Jardim Vitória, Parque Caravelas e Cidade Nova.

“Os pontos que mais preocupam estão no bairro Águas Claras e Ipabinha. Para a prevenção a prefeitura já deu inicio a limpeza de bocas de lobo, a situação mais complicada é no bairro Cidade Nova, onde praticamente todas as bocas de lobo estão obstruídas. A situação ocorrida em função da ultima chuva já está controlada. As famílias já voltaram para suas casas e aquelas que não tiveram como voltar, foram para o aluguel social, pago pela prefeitura. A administração municipal está trabalhando na recuperação dos estragos. Com o Decreto de situação de emergência, o município vai receber recurso federal para a recuperação”, informou a assessoria de Comunicação, em nota.

Prefeitura de Fabriciano mantém o reforço na limpeza e reparos de áreas mais atingidas

Dias críticos Coronel Fabriciano viveu momentos difíceis na última chuva. A Defesa Civil, com as demais secretarias, realiza o levantamento de obras e serviços que devem entrar na segunda etapa do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.

“A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e equipes multidisciplinares de Assistência Social, Secretaria de saúde (vigilância em saúde) e as Secretarias de obras e planejamento, vêm acompanhando a população para a retomada do cotidiano e as vistorias estão sendo realizadas para liberação das residências. Durante os dias críticos, seus moradores foram aconselhados a se retirar. O levantamento foi realizado por meio dos chamados recebidos pelos números da Policia Militar, Corpo de Bombeiros e pelo próprio 199 da Defesa Civil do município”, aponta relatório da Defesa Civil.

Em Coronel Fabriciano, 151 famílias foram desalojadas; as quatro desabrigadas já foram encaminhadas para aluguel social. Os bairros com maior número de famílias atingidas foram: Dom Helvécio/Prainha (58), Manoel Domingos (36) e Frederico Ozanan (27), segundo dados da assessoria de Comunicação. A prefeitura segue com o mapeamento das áreas, reforço na limpeza de ruas, córregos, galerias de drenagem e bocas de lobo e a operação tapa-buracos nos corredores viários.

Outra ação foi o pedido de isenção da conta de água e taxa de esgoto da Copasa para as famílias que foram desalojadas pelas chuvas por um período de 90 dias.

Município menos atingido trabalha na prevenção

Em Ipatinga, um dos municípios menos atingidos pelos efeitos da última chuva, o trabalho de limpeza continua, de forma a retirar algo que impeça os cursos d’água, como explica o gerente da Defesa Civil, Geraldo Afonso. “A população joga muito entulho, muita coisa que não deveria estar nas galerias. Temos estado sobreaviso, não temos horário para trabalhar, quando começa a chover, estamos nas ruas monitorando.

No município, nossa preocupação é com Bethânia, Nova Esperança e Iguaçu. Temos ido às casas e pedido para os moradores que, se estiverem com medo, que não permaneçam, que se abriguem junto a amigos, parentes e acionem a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. Tempos certa preocupação com a região da Vila da Paz, por estar próximo ao ribeirão.

A Defesa Civil está às ordens por meio do telefone 3829-8414, 199 e 193 (Bombeiros). Nosso pedido é que não despejem entulho e lixo nas galerias e que fiquem alertas ao menor sinal de risco”, orienta.Ainda conforme o gerente, um serviço que tem sido realizado é a colocação de lona, para que o barranco não venha a desmoronar com a chuva. “Cobrimos, a água bate, mas não retira terra. Também temos um trabalho que fazemos de vistoria nas bocas de lobo, para evitar alagamentos nas vias”, reitera Geraldo Afonso.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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