Escolhido para substituir Marcio Lacerda, o candidato do MDB participou de uma sabatina realizada pela Tv Federaminas e comentou sobre a inviabilidade da candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte e apresentou suas propostas de governo, destacando apoio ao empresariado mineiro
Candidato ao Palácio da Liberdade pela coligação Minas tem Jeito, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Adalclever Lopes (MDB), participou, nesta quarta-feira (12), de uma sabatina realizada pela Tv Federaminas. Durante o encontro, ele classificou abrupta a decisão do PSB de firmar um acordo com o PT e retirar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda.
“Fizemos uma composição com o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda e nós achamos que essa união iria fazer muito bem. Eu iria interiorizar e o Lacerda sairia da capital com uma votação expressiva da região Metropolitana,” comentou o deputado que era vice na chapa e foi o escolhido para substituir o ex-prefeito da capital mineira.
Em crítica, ao acordo firmado pela legenda na qual Lacerda era filiado, Adalclever afirmou que foi feita “a composição e abruptamente vieram, de uma forma não muito correta, tirar a candidatura do Marcio. Impediram a candidatura do Marcio, porque temiam que ele fosse o governador de Minas”.
O emedebista fez questão de ressaltar o apoio de Lacerda em suas propostas de governo. “Sou candidato ao governo de Minas com apoio do Marcio Lacerda, que é um grande gestor, um grande parceiro, que está presente, não só na nossa campanha, mas presente, principalmente, na construção do nosso plano de governo”, comentou.
Ao falar sobre suas propostas, Adalclever disse que dará prioridade a iniciativa privada. “A principal meta é atender os geradores de emprego e renda, porque isso é defender o trabalhador. Quanto mais emprego e renda forem gerados, melhor o ambiente. Eu acho que o ambiente hoje precisa ser favorável. O governador do estado precisa ser aliado do empresário”.
Ele criticou um certo “preconceito ideológico” aos comerciantes, que, segundo o candidato, são os grandes responsáveis por gerar emprego e renda.
“Nós precisamos fazer uma grande parceria, para os comerciantes não serem mais tratados como adversários, mas como parceiros principais e que sejam um incentivador da economia de Minas”.
Estado e União
A representatividade do estado mineiro na União também foi amplamente questionada por Adalclever. Ele classificou o ambiente como “raivoso” e ressaltou que o governador do estado tem que conversar com outros governos, independente de legendas partidárias ou qualquer outro motivo. “Minas tem que voltar a ter, no cenário nacional, a importância que sempre teve. Acabar com essa ambiente de briga. Esse ambiente que todo mundo perde,” salientou.
O candidato criticou que intrigas partidárias desfavorecem que haja harmonia entre os governos estadual e federal. “Quando dois partidos políticos ficam gladiando, a população sempre perde. O empresário perde. O estado perde. O comerciante perde. Nós não vamos brigar com ninguém. Nós vamos chegar em Brasília, não vai ser uma sigla partidária, não. Vai chegar o governador para trazer o que Minas precisa”.
Como proposta para tirar a economia mineira do vermelho, o candidato citou uma espécie de checagem de valores, para que todos os repasses atrasados sejam obtidos por Minas. “Nós precisamos fazer um encontro de contas. O governo federal teria que aplicar em Minas, 40 bilhões. Então está é uma forma de tirar o déficit. O comerciante não pode ser mais caixa eletrônico do governo. Nós precisamos de injetar, na economia de Minas, para sobreviver”.
Polícia Civil sucateada
Adalclever criticou a atual situação das forças de inteligência policial, sobretudo a Polícia Civil, e disse que é necessário realizar “integração das informações” para que o estado consiga combater, de forma mais eficiente, o crime organizado. “A Polícia Civil está sucateada. Nós precisamos investir muito na Polícia Civil, que é a polícia judiciária, a polícia que investiga”.
Ele ainda citou que, historicamente, Minas Gerais nunca aceitou que o crime organizado tivesse presença no estado e usou o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho como exemplos.
Capacitação profissionalizante
Ao ser perguntado sobre as propostas para a área da educação, Adalclever disse que é preciso “investir nos cursos profissionalizantes”. Ele chamou atenção, principalmente, para a situação dos que estão ingressando no mercado de trabalho.
“Nossos jovens estão saindo e precisam ter um emprego, precisam de ser profissionalizados. Nós precisamos ter o segundo grau profissionalizante. Investir, principalmente, na capacitação do jovem para receber o primeiro emprego”.
Mais Médicos
Como solução para melhorar a saúde pública, o candidato sugere investimento em programas como o “Mais Médicos” em Minas. Ele cita, ainda, a necessidade de priorizar o acompanhamento de saúde para garantir uma melhor qualidade de vida para a população. “Nós precisamos investir muito na saúde primária. Nós temos que investir e criar o “Mais Médicos” na área da saúde, saúde primária, que é antes do cidadão ir para hospital. A ideia é resolver o problema da saúde com médicos. É trazendo todos os médicos para participarem do programa na Secretária de Saúde”.
Assista a entrevista:
https://www.youtube.com/watch?v=bCo8e9LDaEU
G.R