Suspeitos de matar casal vão a júri popular nesta terça

Está marcado para a manhã desta terça-feira (19) o júri popular dos dois suspeitos da morte de Luisa Lima Machado, 22, e do namorado dela, Caio Sérgio Gomes Marques, 24, em julho de 2017. Os jovens foram encontrados sem vida dentro de um carro por policiais militares durante patrulhamento pela Rua Horácio Alberto de Assis, no Bairro Previdenciários, Zona Sul de Juiz de Fora. Os suspeitos pelo crime tinham, na época, 19 e 25 anos. O mais novo seria o mandante, enquanto o mais velho, o executor.

Amigos e familiares de Luísa e Caio se concentram na porta do Fórum Benjamin Colucci (Foto: Michele Meirelles)

De acordo com o registro policial, o vidro da porta do motorista tinha perfuração, causada por disparo de arma de fogo. A perícia foi acionada e constatou que os jovens foram alvejados por tiros na cabeça e, possivelmente, o atirador estava dentro do veículo. Durante a remoção dos corpos pela funerária, foram encontradas duas cápsulas de projéteis deflagrados de pistola ponto 45, sendo que uma delas estava no banco e outro no assoalho do carona. Um boné vermelho que estava atrás do banco foi apreendido.

Conforme o inquérito policial, as vítimas não tiveram possibilidades de defesa, pois foram atraídas ao local do crime numa emboscada armada pelo mandante, que queria comprar cerca de 200g de haxixe. No local, o casal foi surpreendido pelos disparos, sendo que Luisa acabou sendo morta por ser namorada de Caio e estar em companhia dele naquele momento. Uma das testemunhas ouvidas durante a audiência disse ter visto, um dia antes do assassinato, na Praça do Bairro São Mateus, o mandante usando um boné de cor vermelha igual ao que fora encontrado no carro em que as vítimas foram assassinadas.

Julgamento deve ser longo

Antes do início do julgamento, as defesas dos envolvidos conversaram com a reportagem e disseram que o julgamento deve ser longo e a expectativa é que não termine hoje. O advogado Tiago Almeida de Oliveira, que representa as famílias das vítimas, disse que atua junto ao Ministério Público no caso. “Conhecemos bastante os elementos que serão apresentamos. Acreditamos que há indícios suficientes para demonstrar a participação tanto do autor como do mandante.” Já o advogado do executor, Nelson Rezende Júnior, disse que as provas testemunhais poderão definir o caso. E a defensora Suellen Avelar Fernandes, representante do autor, que aguarda o julgamento em liberdade, explicou que há muitas testemunhas veladas que irão apresentar suas versões nesta terça-feira. “Tudo pode mudar e acontecer. Estou confiante, como advogada, que a tese de legítima defesa vai prevalecer.”

 

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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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