Um homem de 25 anos, suspeito de homicídio, foi preso em flagrante pela Polícia Civil, na manhã de terça-feira (9), quando entrava em um motel da Zona Sul de Juiz de Fora. Ele estava em um carro conduzido por um motorista de aplicativo quando foi interceptado pelos policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e pelo delegado Rodrigo Rolli. Contra o homem, havia um mandado de prisão referente ao assassinato de Glyan Alves Rocha, 25, que morreu após ser baleado no dia 18 de março, na porta de sua casa, no Bairro Santa Luzia, também na região Sul. Um comparsa, 33, ainda não foi localizado, mas há mandado de prisão contra ele, segundo a polícia.
Além da dupla autoria, as investigações da Especializada de Homicídios apontaram que a motivação do crime seria passional. “O Glyan estava sentado próximo à residência quando foi surpreendido pela ação de dois autores. A morte dele causou comoção porque era um esportista, lutador de MMA, sem histórico de envolvimento em crimes”, pontuou o delegado. O inquérito contou com o depoimento de quatro testemunhas veladas e com a gravação de uma câmera de segurança situada a poucos metros de onde aconteceu o crime, na Rua Orlanda Fortini Arcuri.
Ainda conforme Rolli, os disparos contra Glyan foram realizados por volta das 2h. “Pelas imagens, um autor passa em frente ao local onde ele estava sentado e volta em sentido contrário tocando um cavalo. O homem retorna com o animal em correria, e o autor (preso) vem logo atrás, efetuando três disparos”, detalhou o delegado. O morador foi alvejado no abdômen e nas pernas. Ele chegou a pedir ajuda à própria mãe, 55, dentro de casa, e foi socorrido até o HPS, mas não resistiu.
De acordo com o Rolli, o comparsa tem uma extensa ficha criminal e não estaria mais em Juiz de Fora, onde foi procurado pela polícia, sendo considerado foragido. “Há também um mandado de prisão em aberto, expedido pela Vara de Execuções Criminais (VEC) de Juiz de Fora, em desfavor do investigado, que foi condenado a mais de 19 anos de prisão por outros crimes”. Já o atirador, preso nesta semana, está no Ceresp, à disposição da Justiça. “Vou relatar o inquérito e encaminhá-lo ao Poder Judiciário em dez dias”, finalizou o delegado.
Crime em bloco de carnaval
A Polícia Civil também informou nesta quarta-feira (10) ter desvendado a tentativa de homicídio ocorrida em meio a um bloco carnavalesco, em pleno Calçadão da Rua Halfeld, no dia 21 de fevereiro. O suspeito de ter disparado contra o jovem de 21 anos foi identificado com ajuda da própria população, conforme destacou o delegado Rodrigo Rolli, e tem 23 anos.
“O jovem estava no bloco, por volta das 20h30, quando foi surpreendido pelos disparos e levado ao HPS. Logo após o crime, chegaram informações aos telefones da delegacia, inclusive com a foto do autor no momento do cometimento do crime. A contribuição das pessoas com a equipe, mais uma vez, ajudou a desvendar o crime”, reforçou o delegado, acrescentando que três testemunhas veladas contribuíram no inquérito.
Segundo Rolli, o suspeito é morador do Bairro Vila Montanhesa, na Zona Nordeste da cidade, e teria praticado a tentativa de assassinato motivado por rixa antiga com um grupo do Bairro Grama, na mesma região, e onde reside a vítima. A rivalidade no local teria como pano de fundo o tráfico de drogas. “Relatamos o inquérito com pedido de prisão preventiva do autor. Ele foi querer cobrar sua diferença em público, colocando em risco pessoas e até crianças, que estavam participando de um bloco carnavalesco tradicional na cidade”, concluiu.
Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora
