Suspeito de furtar estabelecimento pela 2ª vez em menos de 2 meses é preso

(Imagem: Polícia Militar/Divulgação)

Minutos antes de se deitar na noite dessa terça-feira (19), a família proprietária do restaurante Barbazul, em Belo Horizonte, recebeu uma ligação da empresa que monitora o estabelecimento denunciando mais um arrombamento no bar. O primeiro aconteceu em 29 de março, e dois suspeitos levaram televisões, uísques e pacotes de cigarro, causando um prejuízo de cerca de R$ 20 mil. O segundo arrombamento seguido de tentativa de furto aconteceu na noite dessa terça-feira, mas a chegada rápida da polícia garantiu que o responsável pelo crime fosse detido.

O homem de 26 anos que arrombou o bar na noite passada participou também do roubo cometido em março. Contudo, ele não conseguiu fugir desta vez e acabou encurralado no próprio estabelecimento. Os militares encontraram garrafas de uísque, maços de cigarro e até lâminas de barbear na mochila do criminoso. Ele pretendia, inclusive, levar as moedas guardadas no caixa do restaurante – muitas delas no valor de R$ 0,25.

A proprietária do bar, Conceição Deltrudes, conta que, apesar do susto, o prejuízo acabou sendo um pouco menor desta vez. Isso porque, agora, o Barbazul é monitorado em tempo real por uma empresa, que, ao perceber a chegada do criminoso, acionou os proprietários. Estes conseguiram chamar a polícia antes de o suspeito escapar.

“Em parte acho que conseguimos recuperar tudo. Agora tem o prejuízo da quebradeira, arrancaram alarmes, câmeras…”, relata. Há pouco mais de um mês, após o primeiro arrombamento, os donos precisaram reformar o banheiro que tinha sido usado pelo suspeito e seu comparsa para acessar a parte interna da loja. “Nós tínhamos reformado o banheiro, colocamos mais tijolos, grades… Hoje você nem consegue entrar no banheiro, não sei como ele conseguiu quebrar tanta coisa”, comenta. Ela acredita que, desta vez, o suspeito pode ter agido sozinho.

Tradicional em Belo Horizonte, o bar na avenida Getúlio Vargas está com as portas fechadas desde o mês de março em função da pandemia de coronavírus. As refeições – como o conhecido prato “Pirata”, que é o PF à moda da casa – são vendidas na porta ou em esquema de tele-entrega, o que diminuiu muito o faturamento mensal do restaurante.

“Nós já estamos numa situação de muito estresse com o que está acontecendo no país, com o coronavírus, você já não consegue trabalhar direito, viver direito, tem o medo da doença, estamos vivendo no limite. E ainda me aparece uma pessoa como essa para destruir o que temos. As coisas estão difíceis, estamos rebolando para conseguir”, detalha Conceição.

De acordo com ela, o faturamento diário do bar caiu em cerca de 90% após o início da pandemia e da necessidade das medidas de isolamento social. “Acho que, se não fosse minha fé em Deus, eu já teria entregado. Tem hora que não sei se choro, se só dá vontade de desistir de tudo”, desabafa.

Motorista recebeu uísque

O primeiro arrombamento no bar aconteceu em 29 de março. À época, o homem de 26 anos e um comparsa invadiram o estabelecimento pelo teto, fumaram cigarros, tomaram refrigerantes e saíram com sacolas cheias de chocolates, uísques e mais cigarros. Não satisfeitos, uma hora depois de terem ido embora, os dois criminosos retornaram ao bar em um carro de aplicativo e de lá levaram três televisores de 50 polegadas.

O alarme do restaurante até disparou na ocasião, mas, quando a polícia chegou, os dois já tinham ido embora. À época, o motorista de aplicativo acabou detido e contou apenas que buscou os dois suspeitos no aglomerado da Serra para, em seguida, levá-los até o bar. Ele relatou que os criminosos deram a ele uma garrafa de bebida e um maço de cigarros como “cortesia”.

Imagens das câmeras de segurança que filmaram a ação de 29 de março é que permitiram à polícia concluir que o criminoso que arrombou o Barbazul na noite dessa terça-feira (19) também participou do primeiro furto.

O TEMPO

Postado originalmente por: Portal V9 – Vitoriosa

Pesquisar