Dez detentos do sistema prisional de Juiz de Fora tiveram diagnóstico positivo recente para a Covid -19, segundo levantamento realizado na manhã desta quinta-feira (25) pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG). Cinco dos presos contaminados estão na Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, quatro na José Edson Cavalieri (Pjec) e um no Ceresp. Já em relação aos servidores, dois lotados na Pjec estão infectados pelo coronavírus, assim como um terceiro, que trabalha no Ceresp. “Eles estão afastados, cumprindo período de quarentena em casa”, informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em relação aos funcionários.
O levantamento foi realizado a pedido da Tribuna, após o jornal receber denúncia de que estaria ocorrendo um surto na Pjec, possivelmente ligado ao retorno de alguns presos que haviam recebido o benefício da saída temporária. As informações davam conta de que, além dos casos atestados, haveria cerca de outros 40 suspeitos, mas a situação não foi confirmada pela Sejusp.
Segundo o Depen, em 1º de março, 222 detentos (196 homens e 26 mulheres) retornaram à Pjec, mas ficaram separados dos demais na unidade prisional. “Ressaltamos que a liberação de presos para saída temporária é uma determinação do Poder Judiciário e que o Departamento Penitenciário apenas cumpre ordens judiciais.”
Conforme a Sejusp, os presos que apresentam sintomas da Covid-19 são imediatamente isolados, passam por exames e, em caso de confirmação, recebem tratamento segundo protocolo da área da Saúde. A desinfecção do ambiente é imediata, e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva. Já os profissionais de segurança, são obrigados a utilizar sempre os equipamentos de proteção individual (EPIs) e “estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros”.
A Sejusp reforçou que várias outras ações continuam sendo realizadas para prevenir a disseminação do coronavírus nas unidades prisionais de Minas. A principal delas é o modelo considerado pioneiro no país de circulação restrita de detentos no período de pandemia, por meio das 30 “unidades portas de entrada”. Os espaços recebem os novos custodiados durante o período considerado necessário para a quarentena, antes do encaminhamento às penitenciárias.
Também foram implementadas videoconferências judiciais e visitas virtuais, além de ter sido reforçada a limpeza.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora