Roscoe explicou que o Reintegra é uma compensação por carga tributária oculta que realiza o ressarcimento desses tributos para exportadores. Ninguém exporta impostos, por isso a importância desse programa. E ao reduzir o Reintegra, tiramos dinamismo de vários setores para exportar, como consequência, essas empresas ficam menos competitivas, são gerados menos empregos e, obviamente, menos impostos, disse.
O líder empresarial também confirmou o posicionamento da Fiemg frente à outras medidas tomadas pelo Estado na tentativa de debelar a crise, como o Tabela Mínima de Frete. A postura da administração da Federação é a de judicializar os temas que não houver mais chances de negociação. Estamos com ações prontas contra, principalmente, dois temas importantes após a crise dos combustíveis, que são o Reintegra e a tabela de Valor Mínimo de Frete, que viola claramente a Constituição, reiterou Roscoe.
Siderurgia
O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, alertou que o setor vai apelar para a judicialização para reversão das medidas tomadas pelo Governo Federal com o intuito de dar previsibilidade ao mercado para 2019. Nós trabalhamos com a ideia de judicialização, porque entendemos que a única maneira efetiva para se acabar com o Reintegra seria um Reforma Tributária bem executada, não apenas em uma canetada, afirmou.
Mello Lopes pontuou que, inclusive, as porcentagens até então vigentes para o Reintegra estavam defasadas e impediam uma maior competitividade do setor. Segundo o executivo, o setor trabalhava com a proposta de os atuais 2% serem o piso para o programa e que cada segmento negociaria separadamente seus percentuais de ressarcimento. Para a siderurgia esses valores seriam de 7%.
Para o Ceo da ArcelorMittal Aços Longos América do Sul, Central e Caribe e vice-presidente da Fiemg, Jefferson de Paula, o Brasil ainda está em processo de saída de uma das maiores crises de sua história. Para ele, o país tem boas indústrias e um agronegócio forte que podem auxiliar a retomada econômica aliados à prática exportadora.
No atual quadro brasileiro, a melhor saída para voltarmos a crescer é a exportação, uma vez que podemos girar a economia, gerar mais empregos, para, assim, retomar investimentos. Devido à crise e em um quadro com governos em dificuldades, quem vai investir? As empresas, mas é importante que elas não sejam surpreendidas todo mês, criticou.