Setor da Cachaça apresenta crescimento de produtos registrados no Ministério da Agricultura

Dados são do Anuário da Cachaça, lançado nesta quinta-feira, dia 13

O número de registros de Cachaças (produtos) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, aumentou 40% entre 2020 (3.533 produtos) e 2021 (4.969 produtos). Se comparados os números de 2021 com 2019 (período pré-pandemia), esse crescimento é de 67%. As informações fazem parte do Anuário da Cachaça (dados 2021), divulgado pelo MAPA em outubro em Brasília, em evento organizado pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), entidade representativa do setor, com o apoio do MAPA, em parceria com a GS1 Brasil. Estiveram presentes o ministro da pasta, Marcos Montes, além de outros representantes do Ministério; Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC; produtores e demais entidades ligadas à categoria.

Estabelecimentos Produtores

No Anuário da Cachaça também foi revelado o número de estabelecimentos produtores de Cachaça registrados no Ministério. Em 2021, o setor fechou o ano com 936 estabelecimentos, o que representa uma pequena diminuição de 2% em relação a 2020, quando havia 955 registrados. Em 2021, foram registrados 98 novos estabelecimentos produtores. Outros 117 cancelaram seus registros, o que corresponde a uma redução líquida de 19 estabelecimentos em relação ao ano anterior.

Na participação das regiões, o Sudeste continua sendo a que mais concentra produtores de Cachaça. Já na participação dos Estados, Minas Gerais aparece em primeiro lugar em número de produtores (353 estabelecimentos), seguido de São Paulo (143) e Espírito Santos (64). Em número de registro de produtos, Minas Gerais aparece novamente na primeira posição (1.778 produtos registrados), seguido de São Paulo (738) e Rio de Janeiro (464 produtos registrados).

Retomada do setor

Segundo Carlos Lima, do IBRAC, com o aumento expressivo no número de registros, além da estabilidade em relação ao número de estabelecimentos registrados no MAPA, o Anuário retrata um setor em plena recuperação. Ele destaca o motivo: após o impacto da pandemia de Covid-19 no setor, principalmente pelo fechamento de bares e restaurantese proibições de venda e de consumo de bebidas alcoólicas, os números de 2021 e 2022 são promissores.

Em relação ao mercado interno, dados do relatório anual de bebidas alcóolicas da Euromonitor International, líder global no fornecimento de pesquisa de mercado, divulgados pelo IBRAC recentemente, considerando o comparativo entre 2021 e 2020, apontam o crescimento de 30% em valor (R$ 15,55 bilhões), e 18% em volume (469.725,2 milhões de litros).

Já com relação às exportações, o cenário se desenha muito favorável. Um levantamento do IBRAC revela que as exportações de Cachaça, realizadas de janeiro a setembro de 2022, no comparativo com 2021, apresentou crescimento de 53,87%, em valor, e 22,04% em volume.

Esse período [janeiro a setembro de 2022] já representa US14,47 milhões em valor. Isso foi quase o que exportamos durante todo o ano de 2019 [um período anterior à pandemia, quando foi registrado US$ 14,60 milhões em valor. A estimativa é que, ao final de 2022, alcançaremos um valor de exportação igual ou superior ao período pré-pandemia”, destaca Lima.

Para dar impulso à retomada, Lima salienta um conjunto de iniciativas realizadas pelo IBRAC, em parceria com entidades comprometidas com o setor, para minimizar entraves enfrentados pelos produtores, como os esforços de combate ao mercado ilegal.Além disso, Lima destaca as ações direcionadas à valorização e ao reconhecimento da Cachaça no mercado internacional, a exemplo do Projeto Setorial de Promoção às Exportações de Cachaça – Cachaça: Taste The New, Taste Brasil, desenvolvido pelo IBRAC, em parceria com Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex-Brasil.

FOTO: Telmo Ximenes
(Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC, e Marcos Montes, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

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