Em 1958, o mundo conheceu a força do futebol brasileiro com o título da Copa na Suécia. Quatro anos mais tarde, em 1962, o bicampeonato no Chile. Em 1970, a apoteose no México. Brasil tricampeão. E os três títulos citados acima, além de Pelé, tinham mais uma pessoa em comum: Mario Jorge Lobo Zagallo.
Foi justamente naquela mágica conquista de 1970 que a fornecedora de material esportivo da seleção brasileira se inspirou em 2020, 50 anos depois do tri. A nova camisa que o time canarinho vai estrear no próximo dia 13, contra a Venezuela, no Morumbi, pelas eliminatórias da Copa do Mundo do Catar, foi totalmente idealizada como o modelo da equipe de Pelé, Zagallo & cia.
E nada melhor do que o Velho Lobo para ser o garoto-propaganda do lançamento.
“A camisa amarelinha representa o que de melhor pode existir dentro da minha própria pessoa”.
Aos 89 anos, Zagallo contou em detalhes como foi convidado para ser o treinador da equipe de 70. Segundo o Velho Lobo, ele estava comandando um treino do Botafogo, na Escola de Educação Física do Exército, quando foi convidado por um dirigente da antiga CBD para assumir o posto.
“Ele me deu uma oportunidade para mudar o que eu estava vendo de errado. Se nós fossemos para uma Copa do Mundo no México jogando num 4-2-4, não chegávamos em lugar nenhum. As coisas foram mudando” – contou o ex-treinador.
Além de ter participado dos três títulos, dois como jogador e um como treinador, Zagallo ainda participou da conquista de 1994 nos Estados Unidos. Desta vez, o Velho Lobo era o coordenador técnico do grupo comandado por Carlos Alberto Parreira.
“A camisa amarelinha é respeitada. Pode estar numa má fase ou não, mas eles sabem que podem perder para ela mesmo não estando numa condição fenomenal”.
A camisa inspirada na conquista de 70 tem algumas curiosidades, entre elas o ano do tricampeonato na parte interna da gola.
“Temos vários elementos que convidam o torcedor a revisitar aquela camisa tão icônica. A gola careca e as mangas em verde são as que chamam mais atenção. Temos outros símbolos, como na parte interna da nuca escrito 70 com o grafismo tão simbólico da época” – explicou Gustavo Viana, diretor de marketing da Nike.
Um dos convocados por Tite para os jogos das eliminatórias, contra Venezuela, no dia 13, em São Paulo, e diante do Uruguai, em Montevidéu, o atacante Vini Jr, do Real Madrid, falou da responsabilidade de jogar pela seleção brasileira e da importância de Zagallo.
“Responsabilidade grande de vestir essa camisa. Ter a oportunidade de representar o meu país. Fico feliz e honrado de estar aqui ajudando o nosso país. Não pude acompanhar o Zagallo, mas sei de sua história e da sua importância. Você é um dos responsáveis por muitas dessas estrelas que temos aqui” – disse o jogador.
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Postado originalmente por: Minas AM/FM