O Atlas da Violência de 2019 divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que 65.602 pessoas foram assassinadas em 2017, sendo que 54,5% deste número são jovens entre 15 e 29 anos. São 69,9 homicídios para cada 100 mil jovens no Brasil.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera epidêmicas as taxas de homicídio superiores a 10 crimes a cada 100 mil habitantes.
Sendo assim, o Brasil está com uma taxa igual a do Haiti, país mais pobre das Américas, que apresentou registro nessa mesma faixa etária em 2015. Por isso, o nosso maior capital, econômico e social é reduzido drasticamente ano a ano pela criminalidade.
Quando observado especificamente o grupo dos homens jovens, podemos observar que o índice de homicídios por 100 mil habitantes chega a 130,4. Sendo assim, dos 35.783 jovens mortos no ano de 2017, 94,4% eram do sexo masculino.
Além disso, o Atlas mostra que este genocídio é aliado a falta de oportunidade, já que 23% dos jovens no ano do estudo não estavam trabalhando.
No entanto, uma parcela dos jovens que sobrevivem não se qualifica profissionalmente por falta de investimento em educação.
Por isso, é muito importante priorizar a oportunidade para retirar os jovens do caminho do tráfico e das drogas. Além disso, a educação é a melhor opção para auxiliar o futuro dos jovens brasileiros.
(com supervisão de Patrícia Marques)