Em um momento de diversos protestos e contextos que colocam a mulher em posição de destaque, na qual buscam se legitimar em seus espaços e discursos, aconteceu, pela segunda vez, a entrega da medalha Rosa Cabinda, na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Na noite desta quarta-feira (13), no plenário do Palácio Barbosa Lima, 25 mulheres receberam a honraria, entre elas ativistas de diversos movimentos sociais, profissionais que se destacam em suas áreas de atuação, artistas e líderes comunitárias.
A homenagem carrega o nome da primeira mulher negra a utilizar a Justiça para ter direito de comprar a própria liberdade em Juiz de Fora, antes mesmo da criação da Lei Áurea, em 1870. Rosa tem o reconhecimento histórico marcado pelo grupo que organiza o evento. Conforme consta no livro “Aspectos cotidianos da escravidão em Juiz de Fora”, de Elione Guimarães e Valéria Guimarães, Rosa era escrava pessoal de Dona Carlota Halfeld, esposa de Henrique Halfeld, que também nomeia uma medalha que historicamente é outorgada massivamente a mais homens que mulheres.
A solenidade contou também com uma homenagem simbólica à vereadora Marielle Franco, cuja morte, ainda sem esclarecimentos, completa um ano nesta quinta-feira (14). De acordo com uma das idealizadoras, Laiz Perrut, a honraria representa o não esquecimento de sua luta em prol de uma sociedade mais justa. A medalha será enviada à família da vereadora.
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Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora