Saúde alerta para risco de contrair leptospirose em enchentes e alagamentos

A Secretaria de Saúde alerta a população sobre o risco de transmissão de leptospirose em razão do contato com água contaminada em enchentes e alagamentos. De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), as pessoas devem evitar entrar nas águas em situações de alagamento, além de não consumir alimentos que tiveram contato com água ou com lama de enchentes.

Nos casos em que este contato não pode ser evitado, o cidadão deve estar atento, posteriormente, a possíveis sintomas da leptospirose. Os mais frequentes são febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata da perna), podendo também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. É importante ressaltar, durante consulta médica para realizar o diagnóstico, se houve ou não contato com águas ou lamas das chuvas nos últimos 30 dias, uma vez que os sintomas são muito parecidos com os da dengue, por exemplo.

Nas formas mais graves, o aparecimento de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) também pode afetar o paciente, exigindo cuidados especiais em caráter de internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória – que podem levar à morte. Orientado por um médico, o tratamento inclui medicamentos e outras medidas de suporte, nos casos mais graves. A automedicação não é indicada, visto que pode agravar a doença.

Orientações
Como se proteger

* Alimentos
– Não consumir alimentos com cheiro, cor ou aspecto fora do normal (úmido, mofado, murcho) ou alimentos como leite, carne, peixe, frango e ovos crus ou mal cozidos, principalmente aqueles que entraram em contato com água de enchente
– Não consumir frutas, verduras e legumes estragados ou escurecidos que entraram em contato com a água de enchente
– Garrafas PET, leite em saco e grãos ensacados, mesmo fechados, mas que tiveram contato com água da enchente, devem ser descartados
– Alimentos com embalagens em lata, plástico e vidro que apresentem sinais de alteração, como inchaço, esmagamento, vazamento, ferrugem, buracos, tampas estufadas e com outros danos, mesmo que não estejam abertos, devem ser descartados

* Cuidados domiciliares
– Como forma de prevenção, após as águas baixarem, é necessário retirar a lama e desinfetar o local (sempre se protegendo com uso de botas e luvas de borracha)
– Lavar pisos, paredes e bancadas, desinfetando com água sanitária na proporção de duas xícaras de chá (400ml) desse produto para um balde de 20 litros de água, deixando agir por 30 minutos

* Animais peçonhentos
– Após a diminuição do nível da água, recomenda-se entrar com cuidado e observar atentamente a presença de animais peçonhentos
– Bater os colchões antes de usá-los e sacudir cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis
– Limpar o interior da casa usando luvas, botas e calças compridas
– Lembre-se: serpentes, aranhas ou escorpiões podem estar em qualquer parte da casa, principalmente em lugares escuros

Fonte: Secretaria de Saúde

Postado originalmente por: Tribuna de Minas – Juiz de Fora

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