Com Bolsonaro, o sargento viajou em fevereiro, entre São Paulo e Brasília. No mês seguinte, participou do transporte do escalão avançado da presidência, passando por Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A viagem mais recente registrada pela Transparência havia sido para o Recife, onde o presidente esteve no final de maio. Militar na ativa, Rodrigues é segundo-sargento da Aeronáutica e recebeu, em março, data da última atualização do portal, 6.081,90 reais de salário líquido.Na terça-feira, Rodrigues estava junto ao escalão avançado da presidência novamente, acompanhando a ida de Bolsonaro a Osaka, no Japão, onde o presidente participa de reunião do G20. O sargento foi detido em Sevilha, na Espanha, durante uma escala.

A droga foi detectada quando as bagagens da tripulação passaram pelo controle alfandegário. Ao abrir a mala de mão, os agentes encontraram 37 tijolos de pouco mais de um quilo cada de cocaína. “Não estava nem mesmo escondido entre as roupas”, disseram as fontes da Guarda aos repórteres María Martín e Óscar López-Fonseca. As autoridades da Espanha agora querem saber qual era o destino final da droga.

Sem colocar panos quentes sobre a situação, o presidente em exercício Hamilton Mourão classificou a conduta do sargento como sendo de uma “mula qualificada” e afirmou que ele não agiu sozinho. “É óbvio que, pela quantidade de droga que ele estava levando, que não comprou na esquina e levou, né? Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada”, definiu.