RMVA gerou mais de três mil empregos em 2019

Marcello Casal/Agência BrasilApesar da perda de 1.841 empregos em dezembro, a região conseguiu alcançar saldo positivo de mais de 3.600 empregosA Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) encerrou 2019 (janeiro a dezembro) com a geração de 3.002 empregos com carteira assinada, 3.638 somando com Belo Oriente. Apesar da perda de 1.841 empregos no mês de dezembro – 909 somente em Ipatinga e 837 apenas em Belo Oriente -, sob o impacto da indústria de transformação, que fechou 978 postos de trabalho somente no último mês daquele ano, a região conseguiu alcançar saldo positivo de mais de 3.600 empregos.No mês de dezembro, Timóteo foi o único município da Região Metropolitana a registrar saldo positivo (geração de 119 empregos), mas, de janeiro a dezembro do ano passado, foi Ipatinga que liderou a criação de trabalho com carteira assinada (2.428 empregos ou 61,21% do total). Com este resultado, o mercado de trabalho regional alcançou a marca de quase 103.000 trabalhadores (excluindo somente os servidores públicos estatutários), com a inclusão de Belo Oriente. Os dados foram tabulados no dia 24 de janeiro deste ano, imediatamente após a divulgação pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, pelo Observatório das Metropolizações, projeto de extensão vinculado à pesquisa de Doutorado desenvolvida pelo geógrafo William Passos no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ). País Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a taxa média de desemprego no país caiu para 11,9% em 2019. No quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego ficou em 11%. No terceiro trimestre do ano, o índice havia sido de 11,8%.A média anual de desocupados completou 2019 com menos 215 mil pessoas em relação ao ano anterior. Com o recuo de 1,7%, ficou em 12,6 milhões. No último trimestre de 2019, a queda na comparação com os três meses anteriores ficou em 7,1%, ou menos 883 mil pessoas. Com relação a igual período de 2018, o recuo é de 4,3%, o que significa menos 520 mil pessoas.Ainda de acordo com a Pnad-C, a população ocupada, na média anual, alcançou 93,4 milhões, sendo 2% acima da registrada em 2018. Na comparação do último trimestre de 2019, com o período anterior, a alta é de 0,8%, o que representa mais 751 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre em 2018, a elevação ficou em 2%, ou seja, mais 1,8 milhão de pessoas.Os trabalhadores por conta própria cresceram 4,1% na média de 2019, atingindo 24,2 milhões, comparados a 2018. No último trimestre, o índice ficou estável em relação ao período anterior e cresceu 3,3%, mais 782 mil pessoas.O número de empregados sem carteira assinada subiu 4% na média anual, o que significa mais 446 mil pessoas em 2019 na comparação com 2018. No último trimestre ficou estável se comparado ao mesmo período anterior e cresceu 3,2%, se comparado aos três últimos meses de 2018, representando mais 367 mil pessoas.Na categoria de empregados com carteira de trabalho assinada, a alta ficou em 1,1% na média anual, alcançando 33,2 milhões de trabalhadores, ou um crescimento de 356 mil pessoas. Nos últimos três meses do ano subiu 1,8% (mais 593 mil pessoas), frente ao trimestre anterior e 2,2%, mais 726 mil pessoas, em relação ao mesmo trimestre de 2018.Conforme os dados analisados por William Passos, o Brasil gerou 559.626 empregos com carteira assinada no ano passado e o Estado de Minas Gerais criou 90.123. Em dezembro, tanto o país quanto Minas registraram saldo negativo. Foram 307.311 demitidos a mais que admitidos no Brasil e -35.888 empregos gerados no estado. “Os dados mostram que, apesar do discurso e da propaganda dos governos federal e estadual, o cenário econômico ainda é muito ruim, a economia patina e os empregos gerados correspondem apenas a uma pequena recuperação da ociosidade acumulada durante anos de crise. Não indicam nenhum sinal de recuperação. Ao contrário. Apontam que a política macroeconômica do governo federal, sob a liderança de Paulo Guedes, não está surtindo efeito”, avalia o geógrafo.

Postado originalmente por: Diário do Aço

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