A paralisação dos professores e servidores de Educação de Minas Gerais completa 10 dias nesta quarta-feira (20). Na região do Vale do Aço, já são 34 escolas estaduais com as atividades paralisadas. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), o movimento ainda continua e não tem previsão de quando irá acabar.
Um balanço feito pela Superintendência Regional de Ensino (SER), em Coronel Fabriciano, às 16h30 desta terça-feira (19), aponta que foram registradas 34 escolas estaduais que aderiram à paralisação, das quais, 16 são em Ipatinga; 10 em Coronel Fabriciano; 4 em Timóteo e 4 em Santana do Paraíso.
Segundo o coordenador do Sind-UTE, subsede de Ipatinga, Jodson Sander, a paralisação só terminará quando a primeira parcela do salário dos trabalhadores em Educação for depositada, sendo que estava prevista para quarta-feira (13). Os servidores receberam até R$ 1.500 na última sexta-feira, mas ainda falta parte da primeira parcela. E o governo não deu nenhuma previsão de quando irá pagar, afirma.
Jodson Sander também informa que um ato público com os servidores está marcado para esta quarta-feira (20), às 10h30, em frente à agência do Banco do Brasil, no centro de Timóteo. Em Belo Horizonte, foi realizado uma manifestação pelo Sind-UTE na terça-feira (19), que teve início às 9h, na Praça da Liberdade, e foi encerrado por volta das 12h, na na Praça Sete, em Belo Horizonte.
Em nota, o Sind-UTE afirma que as datas de pagamento divulgadas pelo governo do Estado, na última sexta-feira (15), para os servidores da Educação, fogem completamente à política praticada para as demais categorias do funcionalismo. Além disso, os aposentados também reclamam que não receberam nada ainda. De acordo com o governo, o valor que ele pagou integralmente para as demais categorias (R$ 3.000,00), com a educação ele está parcelando de três vezes, isto é, para a educação o governo está parcelando o que deveria ter sido pago numa única parcela, junto com os demais servidores estaduais. A discriminação com a educação na política de pagamento, que o Estado está praticando, é inaceitável, pontua.