Rascunhos da Vida: Uma nova arapuca…

Você já aprendeu com seus erros? Já cometeu os mesmos também? Eu já fiz ambas as coisas. Já aprendi com meus erros e já repeti erros que disse não que não iria cometer novamente.

Jó 18.7-11

Retirada e modificada de arquivo pessoal.

Depois de alguns dias após passar a raiva, a ira e o furor produzido pela peça que me pregaram com a minha própria arapuca. Senti falta dela. Resolvi então fazer outra. Só que desta vez fui à casa do Cléber, lá eles tinham uma máquina de fazer palitos de churrasco. Eles cortavam o bambu em ripas, de um único tamanho, que podia ser medido e configurado o corte, então pedi que ele fizesse para mim várias delas de tamanhos diferentes e ele foi muito legal fazendo para mim.

Cheguei a minha casa pronto para iniciar a tarefa de fazer uma nova arapuca. Faltou-me o arame. Fui então para a casa do vô Eurivaldo, mas ele não tinha. Na volta para passei na construção do “Totinho” e ele me deu dois pedaços de aproximadamente um metro cada. Retornei para casa feliz e construí a arapuca. Como já era tarde deixei para armar no outro dia.

Voltei ao mesmo lugar que havia armado anteriormente, chegando lá vi os restos da arapuca e um pouco da sujeira preta e ressecada do excremento deixado lá. Resolvi armar um pouco depois, mas utilizei a mesma forquilha e o mesmo poleiro que usava anteriormente. Fui embora para retornar no outro dia.

No outro dia fui cedinho para lá, ainda havia muita neblina, mas é interessante que sobre as águas do rio não há neblina, só ao redor. Quando vi a arapuca ao longe ela estava desarmada, ao me aproximar percebi que ela estava um pouco torta. Cheguei mais perto e olhei dentro dela antes de por a mão (havia aprendido com meu erro), tinha uma cobra lá dentro. Corri no bambuzal cortei um bambu verde com mais ou menos um metro. Voltei até a armadilha, levantei-a e dei uma paulada na cobra que nem reagiu, acredito que estava com a barriga cheia, pois havia muitas penas de trocal dentro dela. Depois cortei a cabeça da danada com o meu facão e a joguei dentro de um cupinzeiro, como o vô Benevides me ensinara.

Aprendi com meu erro e fui guardado por Deus por aprender com ele. Eu nunca olhava dentro da arapuca, sempre colocava a mão para pegar o passarinho, mas por causa do cocô, aprendi a olhar dentro das armadilhas antes de por a mão.

Jó ouve Bildade dizer que por nossa própria vontade armamos laços e armadilhas para nossos pés, e de forma descuidada esquecemo-nos do nosso passado, dos erros e acertos e cometemos as mesmas atitudes mais de uma vez. Ele confronta Jó com as próprias atitudes, o qual tenta se justificar. Diz que está cansado das acusações, e que já havia descoberto que ele era responsável por suas próprias escolhas quando afirma “Embora haja eu, na verdade, errado, comigo fica o meu erro” (Jó 19.4).

Pense comigo, posso tentar fazer diferente, produzir uma ruptura com o passado e fazer algo novo, mas para isso eu preciso desejar, eu preciso querer, eu necessito tomar a atitude de confessar meus pecados, pedir perdão, tomar posse dele e seguir adiante não agindo da mesma forma. O nosso Deus é amor, perdão e paz, mas também é justo, fiel e verdadeiro. Peça perdão pelos erros aprenda com eles e viva uma nova vida.

Um grande abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo!

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que aprendeu com a arapuca.

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