Você já passou algum tempo pensando sobre sua vida? Sobre os acontecimentos que vivenciou, sobre as omissões que você praticou e as oportunidades que abdicou? Acredito que todos nós já fizemos isso.
Como diz o ditado “águas passadas não movem moinho”, e de fato estar atrelado ao passado, preso e enraizado a ele com certeza prejudica nossa vida. O passado deve ser tido para nós como um índice remissivo daquilo que vivenciamos, realmente deve ser consultado, mas não lido com apresso e amor. Precisamos olhar para o passado a fim de ver os atos cometidos, sejam eles bons ou maus, ver também as omissões praticadas, se benéficas ou maléficas a quem foi o alvo da nossa inadimplente ação. Necessitamos analisar as palavras ditas não com intenção de revertê-las, mas a fim de ver de fato se elas foram objetivas e suscitaram resultados agradáveis ou positivos.
O que fizemos faz parte de algo que não pode voltar, não temos o controle para mudar as atitudes cometidas, mas somos capazes de a luz da experiência não cometer os mesmos erros. Existe uma forma de não se atrelar ao passado e com certeza caminhar frente a um alvo, o alvo da soberana vocação que há em Cristo Jesus. Não é uma fórmula mágica, mas são parâmetros que nortearão sua vida.
Primeiro precisamos alcançar maturidade através do passado. Olhe para ele, mas não com desejo de apropriar-se dele, mas com vontade ver como você passou por cada evento, como superou as dificuldades e também como Deus agiu providencialmente em cada momento dele.
Segundo permita perdoar a si mesmo pelos atos, palavras, omissões e pensamentos faltosos. Quando rogamos a Deus o perdão Ele o faz, mas nós vivemos em constante acusação pessoal e muitas vezes aceitamos a acusação do diabo. Precisamos nos perdoar, crendo que o perdão Divino é pleno, real e verdadeiro. Sendo assim, não há motivos para trazer a sua memória fatos de sua vida que foram perdoados pelo sangue remidor de Jesus.
Terceiro não fantasie através do “se fosse assim”, “se não tivesse feito algo, dito, pensado ou omitido”. Muito menos imagine se você tivesse tido outra atitude, dito outras palavras, pensado diferente, ou mesmo agido diferente quando preferiu ficar parado. Nada disso trás paz ao seu coração, pelo contrário afligem, magoam e tornam o coração escravo do passado. Liberte-se do “e se” e do “senão”, viva o presente como tendo no passado uma referência e não uma dependência para sua vida.
Pense nisso, o Senhor perdoa o seu passado caso haja uma confissão verdadeira, agora cabe a você perdoar-se a si mesmo e caminhar junto ao Autor e Consumador de nossa fé, Cristo Jesus o Senhor. Não permita o passado lhe dominar, mas deixe o Senhor conduzir sua vida dando-lhe paz, alegria e contentamento.
Um grande e forte abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo com um vasto índice remissivo.
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