Nossos pais são responsáveis por nossa formação mesmo sem perceber. Conversas informais e respostas aos questionamentos da vida nos garantem uma percepção do universo que pode ser alterada, mas não abalada.
Meu pai me dava inúmeras respostas aos meus questionamentos. A minha mãe dava respostas, exemplos, implicações para as decisões e repreensões quando necessários.
Uma vez vi meu pai comprar um saco de farelo por “cem mil cruzeiros” e vender para um senhorzinho por “noventa mil cruzeiros”. Perguntei a ele “porque vendeu mais barato?”, ele me respondeu “porque já tinha dado o preço”.
O valor de algo representa o seu interesse. Eu não pagaria dez mil reais numa camisa autografada por ninguém, mas já vi e ouvi pessoas que fizeram com valores absurdos a aquisição de um tipo de pertence de alguém que ele admira.
O interesse do meu pai era manter sua palavra. E o de Nicodemos conservar Jesus, por isso levou consigo cem libras de mirra e aloés (equivalente em dinheiro dez mil denários, ou em peso a quase quatro quilos de um unguento para preparação do corpo para sepultamento).
Eu não sei se a medida era monetária ou em capacidade. Mas sei que o valor de Cristo para ele era incalculável. O interesse de Nicodemos era manter o corpo de Jesus o mais perfeito quanto possível. Era guardar bem aquele que é precioso.
O corpo não permaneceu no sepulcro, mas foi ressuscitado e hoje reina aguardando o tempo de sua volta para resgatar sua igreja. Hoje o corpo e o sangue de Cristo só tem valor se você tiver recebido o seu sacrifício aceitável por você. Pense nisso.
Um grande abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que reconhece o preço que foi pago lá na cruz.
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