De modo geral crianças adoram brincar e pegar no “pé” uns dos outros. Meninos fazem isso com mais afinco. Os apelidos geralmente são “gordo”, “magrelo”, “narigudo”, “Dumbo”, “tartaruga”, etc.
“Tiradores de onda” não gostam de serem “zoados”. Quando pequeno tinha um menino que adorava bater nos outros e “implicar” com todas as crianças na escola (ele era o maior e mais forte). Um dia ele estava com diarreia e não deu tempo de chegar ao banheiro da escola. Pronto a partir são acabou-se sua força e moral. Todos chamavam o “fortão” de “cagão”, “borrão”, “cuequinha”, “sujinho”, “butão”, etc.
Ele chegou a chorar por causa disso, sua mãe teve que ir a escola e a diretora precisou chamar nossa atenção. Não adiantou a “zoação” continuou. Ele perdeu credibilidade e por isso qualquer um passou a enfrentá-lo.
Minha mãe dizia “não quer um apelido, não reaja a ele”. Isso geralmente funciona. Apelidos desorientam, trazem desconforto, desmotivam, humilham, tendem a tirar credibilidade e força.
Em Antioquia os discípulos de Cristo foram chamados de “Cristãos” isso era vergonhoso (como hoje é ser chamado de “Lulinha”, “Coxinha”, “Bolsominion”, etc), era uma comparação do liderado com seu líder.
Num mundo de bárbaros, fraudulentos, ladrões e mercenários, ser comparado com um homem bom, que demonstrava amor, não tinha apego material, que vivia por amor ao próximo, que entregou sua vida, não era algo bom. Era um motivo de chacota, de zombaria, de humilhação. Mas ser comparado com Cristo é algo maravilhoso. É um privilégio (mesmo quando muitos não dão bom testemunho).
Pense nisso, uma zombaria, ou “bullying” não é bom. Mas ser comparado com Cristo é algo maravilhoso e fantástico.
Um grande abraço!
Nos fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que sofreu bullying, mas nunca se envergonhou de ser chamado de Cristão.
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