Transtorno Compulsivo Obsessivo, o famoso TOC é uma característica peculiar de cada individuo. Para algumas pessoas determinadas coisas incomodam ao extremo, para outros não.
“Estou preso no trânsito com pouca gasolina o calor tá de rachar e lá fora é só buzina. Perdi o meu emprego que já era mixaria e “onti” fui assaltado em plena luz do dia isso me dá… Tic tic nervoso” dizia a letra de Sérgio Mallandro.
TOC não tem “nada haver” com organização. Mas é um comportamento repetitivo, involuntário e muitas vezes reflexo de uma ansiedade ou problema a ser solucionado. Existem vários tipos de TOC. No filme “O Aviador” o personagem principal tinha de limpeza, ao ponto de ferir as próprias mãos de tanto lavá-las. Tem pessoas que não conseguem ver algo fora de simetria, ou de um determinado padrão.
Eu tenho TOC e vivo lutando para não me deixar dominar por algumas destas “manias”. Se estiver assentado numa mesa e nela existir “farelo de comida” (especialmente de pães, biscoitos e quitandas) enquanto não junto tudo e jogo no chão ou numa vasilha eu não sossego. Isso me incomoda, e incomoda algumas pessoas que são muito próximas a mim (especialmente minha esposa).
Essa atitude impensada, repetitiva e compulsiva precisa muitas vezes ser tratada. Precisamos aprender a não viver ansiosos, ou solucionar aquilo que nos angustia, ou mesmo nos aflige.
Jesus ensina sobre a oração. Ele ensina a invocarmos a Deus como um Pai amoroso, que se importa, se interessa e zela por nós. Fala sobre buscarmos primeiramente o Reino de Deus e sua imensurável justiça. Declara que a vontade e soberania de Deus são reais e que devemos nos submeter a essa maravilhosa regência da história da humanidade. Explica sobre a necessidade de rogarmos a Ele pelo suprimento de nossas necessidades mais profundas e reais. Reforça que devemos perdoar como Ele nos perdoa com frequência, mesmo não sendo nós os “causadores” do problema. Resalta que tenhamos condições de resistir às tentações, e com isso sejamos livres do mal que nos cerca.
Mas antes de toda essa maravilhosa explicação, Ele afirma que não devemos orar de forma “repetida” e “compulsiva” sem a devida reflexão sobre nossas palavras. Se estiver doente preciso orar pela cura, não há como não repetir a oração, mas é possível refletir sobre o que estamos pedindo a Deus, sobre qual é a nossa real necessidade, sobre o problema que nos tira a paz e nos leva a total ansiedade na vida.
Pense nisso, que sua oração não seja compulsiva, que não seja um TOC, ou um TIC nervoso, mas seja uma atitude reflexiva e contínua sobre o que Deus pode fazer em sua vida, por você e através de você.
Um grande e forte abraço!
Nos eternos e fraternos laços do amor abrangente de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que nas suas orações pede a Deus para livrá-lo do TOC.
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