Queda na arrecadação pode dificultar pagamento de salários do funcionalismo público

A situação financeira das contas do Executivo de Minas Gerais estão ainda mais agravantes por conta da crise devido a pandemia do novo coronavírus. O ICMS, principal fonte de receita do estado, que representa cerca 80% da arrecadação, deve render menos do que o esperado, de acordo com o secretário de fazenda, Gustavo Barbosa. Por conta da queda brusca na arrecadação, o estado pode ter ainda mais dificuldades para realizar o pagamento do funcionalismo em maio.

A afirmação foi feira por Barbosa em reunião, no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na última quarta-feira (22). Além de Gustavo, também participou o presidente da casa, Agostinho Patrus (PV). Demais parlamentares acompanharam a reunião por videochamda.

Em abril, de acordo com Gustavo, o estado recebeu recursos que não estavam previstos, entre eles está o valor de R$ 781 milhões de um precatório julgado na Justiça do Paraná. Dívidas do Estado também foram postergadas, como R$ 50 milhões do Pasep e R$ 75 milhões de precatórios. Os valores contribuíram para que o rombo nos cofres do estado fosse menor.

Na reunião o secretário alertou que para maio estes valores não estarão disponíveis e salientou que a queda na arrecadação deverá totalizar R$ 1,15 bilhão em abril, contra R$ 2,2 bilhões previstos para maio, mês que deverá fechar em deficit de R$ 1,5 bilhão.

Mesmo com os recursos que entraram no caixa do governo em abril, parte do funcionalismo ainda aguarda a quitação do restante de seus salários. O governo pagou apenas funcionários da saúde e segurança. Outras áreas devem receber os valores na próxima semana.

Além disso, por conta da crise causada pelo coronavírus, neste ano o déficit previsto deve ser de cerca de R$ 7 bilhões a mais. A previsão era de R$ 13,3 bilhões. A secretaria, acredita que Minas deve ter um saldo negativo superior a R$ 20 bilhões.

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