Diante do aumento do número de crianças e adolescentes com Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), o Lions Clube de Ipatinga Liberdade iniciou o projeto Rede de Sonhos, na expectativa de melhorar esse quadro na educação. A presidente do Lions, Célia Andrade Aleixo, falou a respeito do surgimento desse projeto, como irá funcionar ao longo deste ano, e ainda destacou sua importância para os alunos.
Conforme a presidente, o projeto nasceu durante uma reunião com a direção da Escola Estadual Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha, no bairro Horto, que foi colocada a preocupação em relação ao aumento do número de crianças que têm TDAH e hiperatividade nas salas de aula. De 2016 para 2017, aumentou de 20 crianças para 90 com o TDAH. Além disso, recebemos uma doação de computadores da Usiminas Mecânica, da Cenibra e até de associados do Lions. Com isso, resolvemos fazer um trabalho para diminuir esse número e, ao mesmo tempo, que promova a inclusão digital, afirma.
O projeto Rede de Sonhos terá duas etapas ao longo do ano, conforme Célia Andrade. O primeiro passo é trabalhar com jogos que desenvolvam o raciocínio lógico e a habilidade em matemática dos alunos. Já o segundo passo é ensiná-los a mexer com programas do Windows, como Word, Excel e dentre outros, pontua.
Expansão
A presidente acrescenta que o clube também tem a intenção de expandir o projeto para outras escolas da cidade. Para isso, pretende solicitar uma reunião com o secretário da Educação da Prefeitura de Ipatinga, Jésus Nascimento, a fim de discutir essa possibilidade. Queremos trabalhar essa questão do TDAH e da inclusão digital com as escolas, além de projetos na área de cultura e esporte, ressalta.
De acordo com Célia Andrade, a Escola Estadual Engenheiro Márcio Aguiar da Cunha irá entrar em contato com os pais dos alunos para marcar uma reunião e inserir essas crianças no projeto Rede de Sonhos.
Custos
Em relação aos custos do projeto, a presidente explica que, entre outras ações, há o planejamento para arrecadar fundos por meio da reciclagem de latinhas e, desse modo, despertar nas crianças a noção da importância da reciclagem e do meio ambiente. Querendo ou não, o projeto social tem os seus gastos. Então, a gente está tentando fazer com que se torne autossustentável para que esse projeto não venha a morrer e que tenha continuidade por um bom tempo, conclui a presidente.