Profissionais de Educação Física protestam contra as restrições

Foto/Jairo Chagas

Manifestantes percorreram ruas centrais e se concentraram diante do prédio da Câmara, na praça Rui Barbosa

Empunhando cartazes com palavras de ordem, ao som de batidas de panelas, educadores físicos e empresários do ramo de academias caminharam até o prédio da Câmara Municipal de Uberaba, na praça Rui Barbosa, com gritos de “somos essenciais”. A manifestação pacífica aconteceu na manhã dessa quinta-feira, após concentração na Praça Rui Barbosa. Os manifestantes pedem a reabertura das academias em meio a tantas flexibilizações feitas no município durante a onda roxa.

Cerca de trinta pessoas participaram da manifestação e, além de pedirem a volta ao trabalho, elas também lamentam a falta de apoio por parte do poder público. “Nós estamos aqui reivindicando o direito ao trabalho, que é um direito constitucional. A partir do momento que alguém veda o direito do outro, tem que, no mínimo, dar condições de sobrevivência a essas pessoas. Atividade física não é o problema, é a solução”, opina a profissional de Educação Física Nathália Correa, conhecida como “Ricotinha”.

Ressaltando os benefícios da atividade física para a saúde do corpo e da mente, Nathália Correa critica a opção dada ao setor de exercícios personalizados em ambientes abertos, o que não condiz com a realidade da maioria. “Várias academias estão prestes a fechar as portas. Além dessas que devem fechar as portas, a gente bate nessa tecla de que atividade física é saúde. Então, só pode ter acesso à saúde a pessoa que pode pagar um personal? A gente sabe que não é assim que funciona, mas, no momento, está sendo assim”, desabafa, já prevendo o fechamento de mais estabelecimentos. “Foram autorizadas apenas atividades personalizadas em lugares abertos. A gente sabe que o trabalho personalizado não atende todo o público”, lamenta.

O setor tem padecido com o abre e fecha há um ano, realidade suportada por todos os ramos de atividade durante a pandemia. Mas, na avaliação deles, enquanto alguns setores, como o comercial e o industrial, recebem diferentes ajudas, seja por auxílios ou flexibilizações, os empresários de academias se veem à míngua. “Era o mínimo que eles deveriam fazer por nós, né?”, comenta Nathália Ricotinha ao ser questionada sobre o pedido de apoio financeiro. “Não temos amparo nem do governo federal, nem do Estado, muito menos do município. Não nos deram nenhum tipo de opção”, finaliza.

 

Postado originalmente por: JM Online – Uberaba

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