Produtos mais consumidos no Natal estão quase 10% mais caros

O brasileiro deve pagar quase 10% a mais neste ano pela cesta de produtos característicos do Natal, aponta um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) antecipado com exclusividade para o Estadão/Broadcast. As vendas, porém, serão maiores do que o previsto inicialmente: a entidade revisou sua projeção de um crescimento real no volume vendido de 2,2% para 3,4% em relação ao mesmo período de 2019. A data, a mais importante para o varejo brasileiro, deve movimentar R$ 38,1 bilhões neste ano.

A CNC avaliou a movimentação dos preços de uma cesta composta pelos 214 itens mais consumidos nesta época do ano, agrupados em 30 categorias de bens e serviços. Os preços subiram 9,4%, em média, nos doze meses encerrados em novembro, de acordo com os dados compilados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. O resultado é que o Natal de 2020 será o mais salgado desde 2015, quando os preços desses mesmos itens subiram 11,0%.

“Tem muita pressão do dólar. Não só sobre os alimentos. TV, som e informática têm muito componente importado e montado aqui, ou o produto em si é importado mesmo. Em novembro, o dólar teve uma valorização de 26% ante o real em relação ao patamar de novembro de 2019. No entanto, o mais importante para os preços natalinos são a cotação de setembro e outubro, quando são feitas as encomendas. Em setembro, o dólar estava 35% acima do patamar de um ano antes. Em outubro, o dólar acumulava uma valorização de 44,1% em um ano”, justificou Bentes.

“Todos os itens de vestuário estão com queda de preços. Basicamente, por causa da mudança nos nossos hábitos de consumo durante a pandemia. Caiu a demanda. Principalmente no caso das passagens aéreas, as famílias praticamente aboliram esse tipo de gasto. Vestuário também é um dos setores que ainda não recuperaram o patamar de vendas do pré-pandemia”, disse Bentes.

Segundo a CNC, o comércio eletrônico deve ter um crescimento real de 64% nas vendas voltadas para o Natal em relação ao mesmo período do ano anterior. Considerando as lojas físicas e virtuais, o setor de supermercados concentrará 41,8% do volume vendido, seguido pelos segmentos de vestuário, calçados e acessórios (18,7% do total) e artigos de uso pessoal e doméstico (17,4%).

Mais da metade da movimentação financeira ficará concentrada em apenas quatro estados: São Paulo (R$ 11,2 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 3,6 bilhões), Minas Gerais (R$ 3,5 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 2,9 bilhões).

A CNC estima a abertura de 70,2 mil vagas temporárias para o Natal no varejo, o que significaria uma retração de 20% em relação aos 88 mil postos gerados no ano passado. Em 2020, as lojas de vestuário e calçados devem contratar o maior número de trabalhadores,

39,1 mil, seguidas por supermercados (13 mil) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (11,7 mil).A maior geração de vagas temporárias ocorrerá nos estados de São Paulo (23,3 mil), Minas Gerais (9,2 mil), Rio de Janeiro (9,1 mil) e Rio Grande do Sul (7,7 mil). Apenas 19,8% desses trabalhadores temporários devem ser efetivados após o Natal de 2020, calcula a entidade.

 

Fonte: Terra

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Postado originalmente por: Portal Onda Sul – Carmo do Rio Claro

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