Representantes do setor acreditam que o aumento ocorreu devido à flexibilização da quarentena e a volta ao trabalho
A Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) apontou que os testes rápidos para Covid-19 feitos em farmácias dobraram nos últimos meses em Minas Gerais. Conforme o setor, em 7 de agosto foram realizados 70.686 exames. Já em 4 de novembro 148.635 pessoas fizeram o teste.
A procura pelo exame é ainda maior que no pico da Covid-19 no Estado, que ocorreu em julho, visto que neste período foram realizados 59.586 testes rápidos.
Os representantes de drogarias acreditam que o aumento ocorreu devido à flexibilização da quarentena e a volta ao trabalho, ao índice de infecção, que também aumentou, e até aos planos para viajar.
Fabiano Queiroz, Gerente de Serviços Farmacêuticos da Drogaria Araujo, informou que a procura pelos exames subiu 20% nos últimos 15 dias na rede.
O gerente ainda afirmou que a drogaria está atribuindo o aumento ao período de viagens de fim de ano, os últimos feriados, já que as pessoas tem usado para se precaver, apesar de não ser uma segurança 100%, as eleições e o aumento do índice de infecção.
Além disso, o gerente confirmou que em muitos casos os próprios médicos têm encaminhado os pacientes para a realização do exame. Atualmente, são dois tipos de testes rápidos: o que coleta uma gota de sangue na ponta do dedo e detecta anticorpos e outro feito com um cotonete que mostra se a pessoa está infectada.
Ana Helena Figueiredo, especialista do Grupo Iron, ressaltou que o teste rápido não tem sensibilidade e especificidade do RT-PCR e dá muito resultado falso-negativo e falso-positivo. Por isso não tem muita validação desses exames.
O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano, destacou que desconectado dos sintomas clínicos e avaliação médica, o teste rápido é pouco interpretável.
Estevão ainda completa dizendo que o teste deve ser feito com indicação médica para cumprir objetivos específicos.
